
A reedição do Pronampe era esperada sobretudo por micro e pequenos negócio que ainda sofrem com a pandemia. No entanto, a manutenção dos limites do crédito – 30% do valor total de faturamento de 2019 – decepcionou empresários que recorreram à ferramenta em 2020 e esperavam repetir a dose.
A empresária Fernanda Faria, dona do Família Daniel, restaurante em BH, obteve cerca de R$ 200 mil do Pronampe ano passado e esperava conseguir novo crédito para investir em uma nova unidade em Lagoa Santa. “O dinheiro que pegamos já era. Foi usado para manter o restaurante durante a pandemia. Ter mais recursos e montar uma nova unidade em outra cidade é a saída para a empresa, mas, com as regras do Pronampe, teremos que reavaliar”, diz.
Já o presidente do Conselho da Micro e Pequena Empresa da Fiemg, Alexandre Mol Pessoa de Faria, acredita que o Pronampe tem de ser a última alternativa dos empresários. Para ele, micro e pequenos precisam se aplicar para administrar melhor as empresas e fugir de problemas. ‘Muitos veem nesse crédito solução fácil e imediata, mas é preciso levar em conta que vão se endividar”, avalia.
Já para Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL-BH, o novo Pronampe pode ajudar um bom número de comerciantes da cidade, mas é preciso que cada um avalie bem os riscos antes de assinar os contratos. “Estamos disponibilizando uma assessoria técnica para avaliar caso a caso e mostrar aos lojistas se vale ou não a pena recorrer ao Pronampe. É preciso ter cautela”, alerta Marcelo.
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