Número de agricultores 'orgânicos' credenciados ainda é pequeno diante da expansão da procura

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
07/05/2021 às 20:11.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:52
 (Agência Brasil)

(Agência Brasil)

Em plena expansão, sobretudo após a chegada da pandemia, o mercado de orgânicos conta hoje, no país e em Minas, com um número ainda pequeno e desproporcional de produtores credenciados pelo Ministério da Agricultura, seja por meio de instituições públicas ou privadas, autorizadas a fazer certifica-ções pelo governo.

Segundo o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura de Minas (Seapa-MG), Carlos Eduardo Bovo, são, hoje, cerca de 24 mil propriedades com selo de autenticidade de cultivo orgânico em todo o Brasil, sendo 1.026 no Estado. 

Vale lembrar que os selos de “orgânicos”, obtidos após inspeções que são pagas pelos produtores, refletem bem mais que a não utilização de defensivos químicos, por exemplo (o que caracteriza outra categoria, a dos produtos Sem Agrotóxicos, ou SAT). “Também asseguram o respeito a uma série de práticas ambientais e sociais, como a não utilização de trabalho escravo”, diz Bovo. 

Isso tudo significa que itens que às vezes as pessoas compram como sendo de comprovada origem orgânica, como hortaliças, frutas e queijos, podem não ser devidamente certificados. Trata-se de algo que aumenta, e muito, a responsabilidade dos revendedores, que devem garantir a autenticidade dos produtos. “Há casos de pequenos agricultores que não têm selo, mas, quando isso ocorre, vamos ao local e verificamos os processos antes de distribuir os produtos”, assegura Henrique Machado, gerente da Orgânicos do Chico. 

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