O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas deve crescer 3,1% em 2023, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Minas (Fiemg). O percentual deve ser maior que o PIB do Brasil, que pode encerrar o ano com alta de 2,9%. A projeção foi divulgada pela nesta quinta-feira (21), durante evento para apresentar o balanço anual da Federação, em Belo Horizonte.
No encontro também foi assinado um documento de aquisição do LabFabITR, laboratório-fábrica de produção de ímãs de terras raras, em Lagoa Santa, na região metropolitana. A produção dos imãs será direcionada para indústrias automotiva, de mobilidade elétrica, motores de alta performance, geração eólica, entre outros.
O balanço da Fiemg traz ainda outros números da economia de setores da indústria, com análises técnicas sobre os cenários que influenciam o comportamento do PIB.
A publicação da Fiemg mostra que, em 2023, o bom desempenho da agropecuária no primeiro semestre, o mercado de trabalho e a queda da inflação contribuíram para o resultado positivo da economia. Até o terceiro trimestre deste ano, os PIBs do Estado e do país registraram alta de 3,2% na comparação com o mesmo período de 2022.
Segundo a federação, neste ano, era esperada uma desaceleração econômica devido ao contexto internacional “desafiador” e às altas taxas de juros praticadas no Brasil.
“Os resultados estão acima do esperado, mas a indústria mineira já esperava essa performance acima da indústria nacional. No ano passado eu falei, o crescimento da indústria mineira está contratado acima do nacional para vários anos. Isso é fruto da política do governo que tem atraído investimentos. Muitas vezes eles demoram a consolidar, mas eles vão maturando”, analisou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.
Segundo o presidente, nos últimos dois anos, o PIB de Minas registrou um crescimento de 9,3% superior à média nacional, e a indústria mineira expandiu 37,3% além da média nacional do setor.
2024
Para 2024 a expectativa da Fiemg é que a economia do setor continue crescendo acima da média nacional, puxada por fatores como a queda da taxa de juros, investimentos “em maturação” no Estado e a indústria extrativa.
Ainda de acordo com Roscoe, os próximos anos terão novos desafios à medida que as mudanças climáticas e seus impactos no planeta se tornam mais perceptíveis, impondo mais complexidade ao setor produtivo, especialmente à indústria. Este cenário vai demandar do setor implementação de ações inovadores nos âmbitos socioeconômicos e ambiental.