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Terça-Feira,30 de Abril

Planos de saúde podem deixar 280 mil sem atendimento

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
13/07/2012 às 06:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:31

(SXC.HU)

Aproximadamente dois milhões de brasileiros e quase 280 mil mineiros são usuários de planos de saúde em estado grave. No país, 141 operadoras estão com sérios problemas financeiros, sendo 14 em Minas. Todas essas empresas encontram-se no que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) chama de regime de direção fiscal.

Por causa de desequilíbrios econômicos, que podem culminar com a falência, são acompanhadas de perto pelo órgão regulador. É como se fosse uma última chance para evitar a quebradeira e o encerramento das atividades, fim que 71 delas não conseguiram evitar somente neste ano. Em Minas Gerais, até junho, quatro operadoras entraram em liquidação extrajudicial.   

Minas só perde para São Paulo no número de clientes que podem ver suas operadoras quebrarem. São 515.772 paulistas e 275.109 mineiros. Em terceiro lugar aparece o Rio, com 223.230 usuários de planos em situação de alerta. No ranking por operadoras, o Estado está na terceira colocação. Tem 14 operadoras em regime de direção fiscal, atrás de São Paulo (41) e Rio (25), respectivamente.

A região Sudeste é a mais afetada. São 84 operadoras supervisionadas pela ANS, com 1,05 milhão de beneficiários. Em seguida, foram listados Nordeste, com 326,9 mil pessoas atingidas, Norte, com 252,5 mil, Sul e Centro-Oeste, com 194,5 mil e 110 mil cada um.

Problema não é novo

Para o presidente do Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do setor de Saúde (Ibedess), Virgílio Baião Carneiro, o problema não é novo, mas a situação é preocupante. E atinge principalmente as pequenas e médias operadoras. “Quanto menor a empresa, maior o risco de flutuação de sinistro(ocorrência do evento). Se acontecer uma frequência grande de adoecimento num determinado período, a operadora não tem como arcar com a despesa.

Uma internação na CTI neonatal, por exemplo, custa R$ 3 mil por dia. Como um bebê geralmente fica por um período de 45 dias, a conta pode chegar a R$ 120 mil. Se são dois pacientes, passa para R$ 240 mil. E aí falta o capital exigido”, diz.

O presidente do Ibedess cita ainda como enfermidades dos planos a alta dos custos administrativos, exigência de investimentos em TI e softwares pela ANS, contratação de advogados em função da “judicialização” da saúde e a ampliação do rol de procedimentos cobertos pelos planos.

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