Produtores de café apostam na diferenciação para suprir perdas com a estiagem

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
24/09/2015 às 19:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:51
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Em decorrência da estiagem, que reduziu o tamanho do grão de café em 2015, os produtores estão apostando nos produtos diferenciados para manter o faturamento, conforme afirma o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz.

Segundo o Brazil Speciality Coffee Association (BSCA), cerca de 10% do café produzido no país é especial. “Ao agregar valor ao café no pós-colheita os produtores compensam as perdas geradas pela falta de chuva”, afirmou o secretário, durante a abertura da Semana Internacional do Café nesta quinta-feira. O evento vai até sábado (26).

Além disso, ele ressalta que os “cafés moles”, ou seja, os que são beneficiados e vendidos a um preço melhor, deixam de ser commodity e fogem das oscilações da bolsa de valores. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o preço médio para venda das sacas do grão comum entre janeiro e julho deste ano foi de US$ 176,58, enquanto os especiais chegaram a US$ 229,37 no mesmo período. A desvalorização do real frente à moeda norte-americana é outra saída para compensar a estiagem, embora o dólar em ascensão aumente os custos para o produtor.

Apesar do grão menor, a expectativa é a de que a safra mineira de 2015 gire em torno de 22,5 milhões de sacas, número próximo ao registrado no ano passado, conforme afirma o assessor especial do Café da Secretaria de Agricultura, Niwton Castro Moraes. No Brasil, a expectativa é a de a safra seja de 44 milhões de sacas, quantidade levemente inferior à apurada no ano passado.

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