inadimplência

Quase metade das famílias de BH têm contas vencidas acima de 90 dias

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
16/02/2022 às 17:04.
Atualizado em 16/02/2022 às 17:24
 (Marcos Santos/USP Imagens)

(Marcos Santos/USP Imagens)

Quase a metade das famílias belo-horizontinas (46,9%) que ganham até dez salários têm contas atrasadas há mais de 90 dias. Outras 31,8% das famílias na mesma faixa de renda têm contas vencidas entre 30 e 90 dias e 21,3%, até 30 dias. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de janeiro, feita pela Fecomércio-MG a partir de dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Entre quem ganha mais de dez salários, 37,3% estavam com os compromissos vencidos há mais de 90 dias; 26,9% entre 30 e 90 dias e, para 35,8%, até 30 dias de atraso.

A pesquisa mostra ainda que uma a cada três famílias belo-horizontinas encerrariam janeiro sem conseguir colocar as contas em dia. Esse índice é maior em famílias com renda igual ou inferior a dez salários mínimos (39,3 %), mas afeta também núcleos com rendimento acima de dez salários mínimos (26,9%). 

Décimo-terceiro

A pesquisa mostrou ainda que os consumidores mineiros usaram o 13º salário para quitar compromissos financeiros, fazer compras à vista e investir na poupança.

De acordo com o levantamento da Fecomércio MG, em dezembro de 2021, 88,9% dos entrevistados estavam endividados. Já em janeiro deste ano, esse percentual caiu para 88,8%, uma oscilação de 0,1% para baixo. O indicador de inadimplência também apresentou redução, saindo de 39% em dezembro do ano passado para 38,2% em janeiro de 2022, representando uma queda de 0,8 ponto percentual.

O principal compromisso financeiro assumido pelos consumidores de Belo Horizonte é o cartão de crédito. Em janeiro, 81,2% se comprometeram com essa modalidade. Hoje, os consumidores pagam contas com cartão de crédito, e muitos o utilizam para as compras do mês, mesmo sendo essa modalidade, como lembra a Fecomércio, a que possui um dos maiores juros praticados no mercado, em média, 310,99% ao ano, no crédito rotativo. Na sequência, aparecem o carnê e o cheque especial, com percentuais de 20,7% e 8,3%, respectivamente.

A Peic, realizada nos últimos dez dias de dezembro, retrata o comprometimento da renda familiar com financiamento de imóveis, carros, empréstimos, cartões de crédito, lojas e cheques pré-datados, bem como a capacidade de pagamento dos consumidores belo-horizontinos. Ela também mostra o percentual de famílias que possuem dívidas e não terão condições de quitá-las.

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