Semana de soluções: BH sedia, até sexta, evento que irá orientar mutuários em aperto na pandemia

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
13/08/2021 às 19:40.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:40

A crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 e seu impacto nas finanças familiares levaram muitos mineiros a ter dificuldades para pagar as contas. Na esteira de dívidas, os financiamentos imobiliários ganharam destaque, passando a ser dor de cabeça para aqueles que ficaram com menos dinheiro no bolso.

Um dos principais problemas enfrentados por quem atrasa tais pagamentos são as dificuldades em renegociar contratos, diante de uma legislação que dá aos credores a possibilidade de retomar os imóveis de maneira muito mais rápida, a partir de atrasos acima de três meses. “Durante o período do financiamento, o imóvel está em nome da instituição financeira e não do comprador. Se não há o pagamento, a instituição pede a consolidação da propriedade. É um procedimento simples feito no cartório de registros e, com ele, a tomada de posse do imóvel é muito mais rápida do que anteriormente”, destaca Silvio Cupertino, diretor da Associação Mineira dos Advogados de Direito Imobiliário (Amad).

Nesse cenário, consumidores em apuros ou com medo de passar aperto por conta dos atrasos poderão tirar dúvidas e usufruir de consultoria para tentar sanar problemas junto às instituições financeiras. De hoje a 21 deste mês, acontece a 22ª Semana da Casa Própria, promovida pela Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais (AMMMG). De acordo com o presidente da entidade, Silvio Saldanha, uma das saídas para quem comprou um imóvel e começa a perceber que a situação está fora do controle é buscar a portabilidade de crédito. “Hoje, existe uma forte concorrência entre os bancos e isso dá a possibilidade de o consumidor negociar uma juros menores do que os contratada no momento da compra. Assim, diminui-se o valor das parcelas”, explica Saldanha, que alerta: quem optar por esta solução tem que estar com o nome limpo na praça.

SUFOCO

Mas, para alguns compradores, a situação ficou tão crítica que a solução é tentar se desfazer do imóvel. A artesã Adriana de Paulo, de 50 anos, comprou um lote em 2018 para construir a casa própria. Sem poder trabalhar durante a pandemia, acumulou parcelas em atraso e, agora, espera um comprador para diminuir o prejuízo. “Se não vendermos o terreno rápido, vamos perder tudo”, lamenta a artesã.

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