(Fernando Frazão/Agência Brasil)
O setor de serviços em Minas Gerais registrou queda de 3% em junho, em relação a maio deste ano. O índice mineiro, na série com ajuste sazonal, foi o principal freio para o crescimento do setor no país - alta de 0,7% no mesmo período.
Apesar do resultado negativo em junho, Minas tem avanço de 5,9% no primeiro semestre de 2022. Foram três meses de taxas positivas e três de taxas negativas. O resultado semestral mineiro é bem superior ao nacional, que ficou em 0,4%.
Nos últimos 12 meses, Minas computou seis taxas positivas e seis negativas - avanço de 8,2% no acumulado.
Os resultados por atividades, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apontam variações positivas do volume de serviços mineiros em três das cinco atividades.
Destaque para serviços prestados às famílias (42,2%) e serviços profissionais e administrativos (14,8%). Outros serviços (-41,1%) foi o único recuo, mantendo a tendência de baixa dos últimos meses.
No total, considerando todas as atividades, o avanço foi de 7,9%. No acumulado de 12 meses, quatro das cinco atividades avançaram com destaque para serviços prestados às famílias (35,9%).
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.
Luiz Almeida, analista da pesquisa, destaca que o setor de transportes, com alta de 0,6%, foi o que mais influenciou o resultado em junho no país. “Com destaque para o transporte dutoviário, transporte rodoviário de cargas e transporte coletivo de passageiros", afirma.
Segundo Almeida, o setor encontra-se 16,9% acima do patamar pré-pandemia, ultrapassando esse nível em maio de 2021 e se mantendo acima desde então. "O setor foi beneficiado inicialmente pelo aumento do transporte de cargas, muito disso devido ao aumento observado nas vendas on-line durante a pandemia, gerando impacto na cadeia logística e, posteriormente, a recuperação do transporte de passageiros ajudou a impulsionar o setor”, explica o analista.