Até o ano passado, o Brasil tinha 49 milhões de pessoas na faixa dos 15 aos 29 anos de idade e uma parcela considerável não tem ocupação nem frequenta as salas de aula. É um percentual um pouco menor do que o registrado em 2019 pelo IBGE, mas ainda assim é bastante alto. Trata-se de um contingente maior do que a população de Portugal.  

O relatório “Education at a Glance 2022” da OCDE divulgado ano passado mostrou que o Brasil detém o segundo maior percentual de jovens de 18 a 24 anos que não estudam e nem trabalham. A OCDE é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Engloba 38 países-membros. 

As mulheres são maioria da geração “nem-nem” no Brasil atualmente (25,8%), contra 14,3% dos homens, conforme mostrou a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE na última sexta-feira.  

Em relação à cor ou raça, 18,8% das pessoas brancas trabalhavam e estudavam, percentual maior do que entre as pessoas de cor preta ou parda (13,7%). O percentual de pessoas brancas apenas trabalhando (39,3%) e apenas estudando (26,2%) também foi superior ao de pessoas de cor preta ou parda, enquanto o de pessoas pretas ou pardas (22,8%) que não estudavam e não estavam ocupadas superou o de pessoas brancas (15,8%).

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