A Usiminas fez o dever casa, melhorou seus indicadores de produtividade, reduziu custos e aumentou a produção de minério. O mercado siderúrgico, porém, não colaborou, e a empresa fechou 2013 com lucro líquido de R$ 17 milhões, bem abaixo do que previa o mercado, e suas ações lideraram as quedas no pregão da última sexta-feira (14) da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), com recuo de 4,07%.

As vendas de minério de ferro, que subiram 10% em 2013, “salvaram” a companhia do vermelho. As vendas de aço recuaram 10%.
“Especialmente para aços planos, o ano foi muito desafiador. Há postergação de investimentos e o setor automotivo cresce menos. A empresa vem fazendo internamente o que se espera, mas ainda não vejo um 2014 de grandes alterações nas condições de mercado”, disse o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

A equipe da Ativa Corretora, que previa lucro líquido de R$ 103 milhões no quarto trimestre, acima dos R$ 47 milhões realizados, avaliou o resultado como neutro.

“Embora tenha se visto relativa estabilidade em relação ao terceiro trimestre do ano, tanto o lucro líquido da empresa como o Ebitda vieram relativamente superiores em relação ao mesmo trimestre do ano passado, em grande parte devido a uma taxa de câmbio bem mais elevada, o que aumenta os preços das importações de aço e, com isso, favorece a siderúrgica nacional, que pode reajustar com mais ênfase os preços de seus produtos”, afirmou em relatório.

Durante a apresentação dos resultados, o vice -presidente de Finanças e de Relação com Investidores, Ronald Seckelmann, elegeu a importação indireta de aço, por meio de produtos que contêm aço, como o maior problema da cadeia siderúrgica. “Não vejo para 2014 tendência de queda na entrada desses produtos”, disse.

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