Valor do seguro-desemprego tem reajuste de 5,56% em 2014

Folhapress
Publicado em 16/01/2014 às 18:47.Atualizado em 20/11/2021 às 15:23.
SÃO PAULO - O valor do seguro-desemprego subiu 5,56% neste ano. O reajuste entrou em vigor no último dia 11 e elevou o teto do benefício para R$ 1.304,63. O cálculo considera a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2013, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (17). 
 
A fórmula que determina o reajuste apenas pela inflação foi adotada no ano passado. Antes, o cálculo também incorporava o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois anos anteriores. 
 
Com a mudança, o patamar do aumento anual caiu pela metade. Em 2013, a variação havia ficado em 6,20%, ante 14,128% no ano anterior, o último feito pela fórmula antiga. 
 
A conta que também considera o resultado do PIB ainda é adotada para o salário-mínimo. O valor do piso nacional subiu 6,78% e passou para R$ 724 desde 1º de janeiro. 
 
Se a regra não tivesse sido alterada, seria esse também o percentual do reajuste no seguro-desemprego. O teto do benefício passaria a valer R$ 1.319,70. 
 
Uma tentativa do Ministério do Trabalho de retomar o cálculo antigo foi palco de disputas no ano passado. A medida ganhou amplo apoio das centrais sindicais, mas não passou na reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). 
 
No esforço para reduzir gastos, o Ministério da Fazenda pressionou os representantes do conselho para barrar a retomada do cálculo antigo. 
 
O seguro-desemprego é um dos principais alvos do governo para tentar reduzir as despesas públicas. Os gastos com o benefício alcançaram cerca de R$ 30 bilhões em 2013, bem acima do valor orçado (R$ 23,2 bilhões) no início do ano.
 
O Ministério do Trabalho estima que 8,3 milhões de trabalhadores tenham acesso ao benefício neste ano, um gasto de R$ 33 bilhões. 
 
Quem tem direito ao benefício 
 
Têm direito ao seguro os trabalhadores desempregados que tiverem sido demitidos sem justa causa. 
 
Aqueles que trabalharam com carteira assinada entre 6 e 11 meses nos últimos três anos têm direito de receber até três parcelas do seguro. Quem trabalhou de 12 a 23 meses no período pode receber até quatro parcelas. 
 
Já quem esteve empregado com registro por mais de 24 meses nos últimos três anos pode receber até cinco parcelas do seguro-desemprego. 
 
Quanto é 
 
O trabalhador cuja média dos últimos salários anteriores à demissão for de até R$ 1.151,06 tem direito a um seguro-desemprego equivalente a 80% da média. Ou seja, quem tiver média salarial de R$ 1.000, receberá R$ 800 de benefício. O seguro não pode ser inferior ao salário-mínimo (R$ 724). 
 
Se a média for de R$ 1.151,06, o benefício será de R$ 920,85. 
 
Para aqueles cuja média dos três últimos salários seja de R$ 1.151,07 a R$ 1.918,62, a fórmula muda. O benefício será de R$ 920,85 mais 50% da diferença entre R$ 1.151,06 e a média salarial do trabalhador. 
 
Um trabalhador com média salarial de R$ 1.500, por exemplo, irá receber R$ 1.095,32 de seguro-desemprego. 
 
Quem tiver média dos três últimos salários anteriores à demissão superior a R$ 1.918,62 terá direito a um seguro-desemprego de R$ 1.304,63.
Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por