
O protesto de comerciantes contra a alta carga tributária do país promete fazer a alegria também dos consumidores que não irão às compras somente em farmácias ou lojas de roupas. A 19ª edição do Dia Livre de Impostos (DLI) terá a comercialização de diversos produtos da cesta básica sem a incidência tributária. A isenção pode chegar a 54% e inclui bebidas alcoólicas na lista.
No Supermercado Apoio Mineiro (unidade Horto), 20 itens estarão à venda durante a mobilização. “É uma excelente oportunidade para adquirir esses produtos que, normalmente, têm um valor um pouco mais elevado devido à alta carga tributária", afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. A CDL é idealizadora da ação desde 2006.
Comerciante destaca dupla vantagem
"No caso do vinho, por exemplo, o valor final do produto é composto em 53,92% de impostos”, emenda o dirigente da CDL-BH.
Pela tabela divulgada o preço do uísque Chivas 12 anos passa de R$ 143,99 para R$ 109,40 (24,02%)
Claiton Queiroz, gerente de marketing do Apoio Mineiro, destaca uma dupla vantagem: "Além de atrair novos clientes com preços especiais, reforçamos nosso compromisso de ser a melhor opção para o abastecimento doméstico e comercial".
Mais de 1 trilhão de reais pagos em impostos
De acordo com dados do Impostômetro do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e da Associação Comercial de São Paulo, o Brasil atingiu em 17 de abril, a marca de R$ 1, 202 bilhões pagos em impostos aos governos federal, estadual e municipal somente no ano de 2025. Neste montante estão contabilizados impostos, taxas e contribuições como multas, juros e correção monetária.
Só em 2024, o brasileiro trabalhou, em média, 149 dias apenas para pagar tributos, segundo o IBPT. No cenário internacional, entre 30 países, o Brasil é o 14º que mais arrecada impostos, mas está em último lugar no retorno desse dinheiro à população.
“O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, sem que isso se traduza em serviços públicos de qualidade. Os serviços essenciais como saúde, educação, segurança e infraestrutura são insuficientes e ineficientes”, afirma Souza e Silva.
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