Credenciada pelo Ministério da Educação em 23 de dezembro de 1997, a Funorte conta com mais de 30 cursos de formação superior, além de oferecer opções de pós-graduação lato e stricto sensu.
É dividida em uma estrutura com oito campi, com laboratórios de ensino, núcleo de prática jurídica, centro de especialidades médicas, farmácia-escola, clínica de fisioterapia, spa escola, dois complexos esportivos e uma unidade de saúde – o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira.
De acordo com o artigo “Expansão das instituições de ensino superior e as dinâmicas espaciais intraurbanas em Montes Claros/MG (2021)”, publicada na revista acadêmica Geografares, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Centro Universitário Funorte é o segundo maior polo acadêmico da cidade – e o primeiro privado.
Na época, o estudo avaliou 152 cursos de graduação presenciais, divididos em 10 instituições de ensino superior. O primeiro colocado geral da lista ofertava 37% dos cursos e a Funorte, 22%, sendo a primeira colocada entre as instituições privadas. Além disso, a faculdade ranqueava na lista com o maior número de unidades em Montes Claros.
Um dos autores do estudo, o professor e mestre em geografia Christian Yago Vieira de Souza explica que o processo de expansão do Ensino Superior na cidade teve origem na abertura política e na Constituição de 1988, época em que houve maior direcionamento de investimentos para a educação.
“A partir da década de 1990, o Brasil tem desenvolvido estratégias de reestruturação e expansão das universidades públicas, além de financiamento e oferta de bolsa de estudo em instituições privadas, objetivando a interiorização e a expansão do ensino superior. O que, por sua vez, tem favorecido cidades médias, como é o caso de Montes Claros. As IES privadas aderiram ao Programa Universidade para Todos (Prouni) e ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que promoveram expansão de oportunidades de ingresso”, comenta o mestre em geografia.
Expansão das IES
Souza destaca ainda que o processo de expansão das IES em MOC vai além dos limites da cidade, afetando positivamente outros municípios norte-mineiros e possibilitando que os egressos desses complexos educacionais – como os do Centro Universitário Funorte – melhorem as condições financeiras devido ao ampliamento do leque de oportunidades no mercado de trabalho.
“As IES privadas têm desenvolvido estratégias para atrair o maior número de estudantes, com oferta de cursos que não se encontram nas IES públicas em Montes Claros. E de adesão a programas e financiamentos governamentais que, por sua vez, têm oportunizado maior inserção de estudantes no ensino superior, sobretudo da população com menor poder aquisitivo”, finaliza.