(Elza Fiuza/Agência Brasil)
Pernambuco.
O indicador está em 3,7 desde 2011. Em 2014, a meta era 3,9 e, no ano passado, 4,3. "São índices absolutamente vergonhosos para o Brasil", resumiu o ministro Mendonça Filho, durante apresentação dos dados na tarde desta quinta-feira.
Considerados apenas os alunos de Ensino Médio da rede estadual, outros dois estados cumpriram a meta: Goiás e Piauí. De acordo com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), braço do cálculo do Ideb, o desempenho em matemática é o pior em uma década.
Em relação ao Ensino Fundamental, o índice mais satisfatório foi nos anos iniciais. A meta de 5,2 foi superada - ficou em 5,5 -, mas segundo o MEC, as crianças seguem com deficiências em português e matemática. A maioria das unidades de federação cumpriu a meta, com exceção de Amapá, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, o Ideb não atinge a meta desde 2013. "Um dado absolutamente negativo", destaca o ministro. Em 2013, o objetivo era índice de 4,4 e resultou em 4,2. No ano passado, ficou em 4,5, quando o ideal seria 4,7. Ao contrário da faixa anterior, a maioria das unidades de federação ficou abaixo do esperado: só se saíram bem os estados de Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso, Ceará e Goiás.
O Ideb é um indicador que relaciona o desempenho dos alunos e os dados de fluxo escolar. A cada dois anos, avalia alunos do
Ensino Fundamental da rede pública e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas.
"Infelizmente, o Brasil está mal. Não é algo que a gente possa celebrar. Estamos muito distantes da educação de qualidade", admitiu Mendonça Filho, salientando que irá reforçar junto ao Congresso Nacional a aprovação de um projeto de lei que prevê uma reformulação do currículo do Ensino Médio.
O projeto prevê turno integral e disciplinas focadas na área de interesse que o aluno pretende seguir no Ensino Superior. Se não houver aprovação do projeto no Congresso, Mendonça diz que irá apelar ao presidente Michel Temer para a edição de uma Medida Provisória.