EDUCAÇÃO

Especialistas reforçam importância da tecnologia e inovação para reduzir evasão escolar

Brasil tem 2 milhões de alunos fora da escola, mas investimentos em tecnologia e infraestrutura podem ser capazes de melhorar esse quadro

Da Redação*
Publicado em 21/01/2024 às 07:00.
 (Pixabay)

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Uma avaliação internacional feita a cada três anos, em 81 países, analisa o desempenho de estudantes de 15 anos em três áreas: matemática, ciências e leitura. A edição de 2022, divulgada no fim de 2023, mostrou resultados do efeito que a pandemia teve sobre os estudantes em todo o mundo. 

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), 73% dos alunos brasileiros não alcançaram o patamar mínimo de aprendizagem em matemática, 50% não atingiram o mínimo em leitura e 55% em ciências.

Uma régua desleal, segundo a doutora em educação e professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Catarina de Almeida Santos. “Quando falamos de Brasil, estamos usando a mesma régua para medir realidades muito diferentes —  e isso, por si só, já é um grande complicador.”

A educadora ainda cita uma outra questão com relação a esse tipo de avaliação. “Medir qualquer processo avaliativo ou dizer que a qualidade de um processo de formação pode ser medido por uma prova, já é um problema. Quando pegamos um país com a complexidade do Brasil — e aí quando você pega uma régua internacional para medir isso, a situação se complica ainda mais.” 

Para Catarina os resultados do Pisa mostram que não mexemos no processo da educação — e que não estamos garantindo condições objetivas de ensinar e aprender.

Evasão escolar
Muitas são as causas que podem levar um estudante a abandonar a escola, mas a pandemia de Covid-19 agravou o quadro e segundo uma pesquisa feita pelo Unicef, cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes — entre 11 e 19 anos — estão fora da escola no Brasil. 

Para a especialista em educação, tanto a evasão escolar quanto a retenção, são multifatoriais e precisam levar em consideração muitos aspectos.

“Fazer com que os estudantes permaneçam na escola significa a gente fazer escolas que possam ser, de fato, chamadas de escolas. Além disso, garantir condições extra-escolares que façam com que eles possam permanecer na escola, construir uma escola que seja interessante, ter professores e professoras em condições e comprometidos com essa escola.”

“São muitos os caminhos para combater a evasão escolar — e não é um caminho único para todas as localidades” , enfatiza a especialista.  

* Com informações da agência Brasil 61

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