Um terço dos estudantes que leem textos longos (com mais de 100 páginas) alcançou pelo menos o nível 3 nessas três disciplinas no Pisa 2018 (Freepik / divulgação)
A preocupante constatação está em uma análise dos microdados do exame internacional Pisa 2018. Material foi divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), em parceria com a plataforma de leitura gamificada Árvore. Essa limitação explicaria o desempenho ruim dos estudantes de 15 e 16 anos em disciplinas como matemática e ciências.
A análise dos microdados mostra ainda que apenas 9,5% dessa faixa etária chegou a ler algum material com mais de 100 páginas em 2018 – índice muito inferior ao dis vizinhos Chile (64%), Argentina (25,4%) e Colômbia (25,8%). Em exemplos de nações reconhecidamente bem-sucedidas na educação, como na Finlândia, o patamar chega a 72,8%.
Um terço dos estudantes que leem textos longos (com mais de 100 páginas) alcançou pelo menos o nível 3 nessas três disciplinas no Pisa 2018. Já entre os que leem pouco (menos de uma página), 6% conseguiram o mesmo resultado.
Entre as hipóteses aventadas para o nível insuficiente de leitura estão baixo estímulo, na escola ou em casa, dificuldade cognitiva, escassez de bibliotecas públicas e déficits de aprendizagem.
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