Pesquisa

Pesquisa da UFMG vai traçar perfil de jovens cientistas e auxiliar criação de políticas públicas

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/08/2022 às 20:37.
Atualizado em 09/08/2022 às 20:47
Reunião do Departamento de Ciência da Computação da UFMG (Departamento de Ciências da Computação / UFMG / Divulgação)

Reunião do Departamento de Ciência da Computação da UFMG (Departamento de Ciências da Computação / UFMG / Divulgação)

Para superar o momento de redução dos orçamentos voltados para pesquisa no Brasil, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começou a mapear o perfil dos jovens cientistas brasileiros. Com o estudo, a instituição pretende pautar a criação de políticas públicas para “valorizar a carreira científica”. 

A pesquisa estará disponível até 31 de agosto no site “Perfil do Cientista” e foi idealizada por membros da Academia Brasileira de Ciências. A pesquisa é destinada aos doutores titulados a partir de 2006, com vínculo formal com uma instituição de ensino e pesquisa pública ou privada no Brasil ou exterior. Também fazem parte deste público os pós-doutorandos.

O desempenho de cientistas brasileiros em início e meio de carreira dependem de acesso a financiamentos, avalia a pesquisadora Raquel Cardoso de Melo Minardi, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG), 

“No contexto atual, há escassos dados sobre o perfil dos jovens cientistas e dos desafios encontrados no estabelecimento e evolução da carreira, dificultando o desenvolvimento de políticas públicas de suporte à ciência e tecnologia, bem como atividades de avaliação da atividade científica”, afirmou. 

Participaram da montagem da pesquisa 87 cientistas de todas as regiões do Brasil e de diversas áreas da ciência.

Queda do orçamento 
A ciência brasileira atravessa momento conturbado em meio aos recentes cortes no orçamento. Segundo levantamento da professora Raquel  Minardi, desde 2015, os valores caíram drasticamente, segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Científico e Tecnológico.

Apenas de 2015 para 2016, a queda foi de 34%. No ano passado, houve o maior bloqueio desde 2002: 5,5 bilhões sob um investimento total de 6,1 bilhões. 

(Departamento de Ciências da Computação / UFMG / Divulgação)

(Departamento de Ciências da Computação / UFMG / Divulgação)

Só neste ano, mais da metade dos recursos que seriam destinados ao desenvolvimento científico e tecnológico foram bloqueados pelo Governo Federal. 

De um total de R$ 4,5 bilhões de recursos não reembolsáveis disponíveis no orçamento do fundo, apenas R$ 2 bilhões poderão ser efetivamente empenhados — uma redução de 55% na principal fonte de recursos para a ciência no Brasil.

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