Os estudantes de Medicina beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão receber até R$ 60 mil por semestre para financiar o curso, anunciou nesta quinta-feira (1º) o ministro da Educação, Camilo Santana. O novo valor representa um reajuste de 39,6% em relação ao teto anterior, que era de R$ 42,9 mil semestrais.
Em vídeo postado nas redes sociais, Santana disse que a decisão foi tomada para evitar a desistência de estudantes que não conseguiam arcar com as mensalidades do curso de medicina. Segundo o ministro, a determinação partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O novo teto entrará em vigor em 14 de junho e será aplicado não apenas aos novos financiamentos, mas aos realizados por estudantes já matriculados. Responsável por gerir o Fies, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) informou que o novo teto valerá apenas para os cursos de Medicina, que têm mensalidades mais caras. Para dos demais cursos, está mantido o valor máximo de R$ 42.983,70.
Com o teto que estava em vigor, futuros médicos beneficiários do Fies conseguiam financiar mensalidades de R$ 7,14 mil – valor obtido pela divisão do valor semestral por seis meses. Os próprios universitários precisam pagar a diferença, já que as mensalidades dos cursos privados de Medicina variam de R$ 8 mil a R$ 12 mil. O novo teto permitirá o financiamento de mensalidades de até R$ 10 mil.
Por meio do Fies, as instituições privadas de Ensino Superior recebem o valor financiado diretamente do FNDE. Em troca, o estudante começa a pagar o financiamento após receber o diploma.
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