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Trecho do despacho do juiz Sérgio Moro, que embasou nesta terça-feira (22) a 26ª fase da operação “Lava Jato”, batizada de Xepa, cita repasse da Odebrecht no valor de R$ 15,5 milhões para uma pessoa identificada apenas como “Mineirinho”. De acordo com o documento, Benedicto Barbosa Júnior, chefe da Odebrecht Infraestrutura, “tem por subordinados Sérgio Luiz Neves, diretor superintendente, e Cláudio Melo Filho, diretor de Desenvolvimento de Negócios da empreiteira”.
Ainda conforme o despacho de Moro, Sérgio Neves e Cláudio Melo “figuram em trocas de mensagens com Fernando Migliaccio e Maria Lúcia Tavares para solicitações de pagamento para pessoa identificada apenas como Mineirinho".
"Destaque-se mensagem de Fernando Migliaccio para Maria Lucia, com solicitações de pagamentos paralelos de cerca de R$ 15.500.000,00 entre 01/10/2014 a 19/12/2014 a Mineirinho. Há também mensagens do próprio Sérgio Luiz Neves para Maria Lúcia Tavares com referência ao Mineirinho. As anotações constantes nas tabelas apreendidas contém siglas que apontam o envolvimento dos três referidos executivos nos pagamentos a Mineirinho ("BJ","SN" e "CMF")”, diz o documento assinado por Moro.
No despacho, Maria Lúcia é identificada como secretária e responsável por “papel subordinado” nas “operações financeiras secretas do Grupo Odebrecht”. Conforme o portal do Hoje em Dia adiantou, com exclusividade, o executivo Sérgio Neves foi preso pela força-tarefa em Belo Horizonte e encaminhado para Curitiba, base da “Lava Jato”.