Em fase final de desenvolvimento, embreagem automática aumenta o conforto e reduz consumo

Boris Feldman - boris@hojeemdia.com.br
28/11/2015 às 11:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:07
 (Divulgação/Bosch)

(Divulgação/Bosch)

CAMPINAS – Por menor que seja o esforço exigido, acionar o pedal da embreagem é uma operação cansativa principalmente no para e anda do trânsito urbano. A Bosch acaba de apresentar uma solução, a embreagem eletrônica. Um sistema em etapa final de desenvolvimento nos laboratórios da empresa na Alemanha e no Brasil.

Chamada de “e-Clutch”, ela dispensa (mas pode manter, caso a fábrica do automóvel assim decida) o pedal da embreagem, que é acionada eletronicamente, com sensores na alavanca de mudanças e nas rodas. A troca de marchas continua sendo operada manualmente pelo motorista. Sistemas semelhantes já existiram no passado (veja box) mas a grande novidade do e-Clutch é desacoplar a embreagem em outras situações, permitindo uma redução de consumo de até 5% no trânsito entre cidade e estrada. Como?

Redução de consumo
A embreagem é também acionada quando o motorista tira o pé do acelerador e o motor cai em marcha-lenta. Porém, como a marcha continua engatada, ao pisar no freio ou acelerador, ela é novamente acoplada. Assim, a redução de consumo é proporcionada pelo máximo aproveitamento da energia inercial (de movimento) do carro.

A e-Clutch permite outras facilidades como o Hill Assistance (saída num aclive sem que o carro volte para trás) e o Park Assistance (motorista engata ré e primeira para estacionar sem pisar na embreagem). A embreagem eletrônica ainda não foi instalada em nenhum automóvel no mundo, só em protótipos desenvolvidos pela Bosch. Mas a empresa acredita que, nos próximos dois anos, alguns modelos europeus e brasileiros já estarão contando com o sistema.

 

'A volta do câmbio semi-automático'
Tem motorista que adora o câmbio automático. Outros não abrem mão de passar as marchas com a alavanca de mudanças. Mas existe o meio do caminho: a embreagem automática, que já existiu em quatro modelos brasileiros: no antigo DKW, um sistema mecânico chamado Saxomat; com os recursos da eletrônica, em automóveis mais modernos como o Mercedes Classe A (produzido em Juiz de Fora), chamada de AKS (iniciais em alemão para sistema automático de embreagem); no Fiat Palio Citymatic e no Corsa Auto Clutch. A embreagem existia normalmente, porém seu acionamento dispensava o pedal e era acionada automaticamente em duas situações: quando o motorista tocasse na alavanca de mudanças ou quando sensores percebiam que o carro estivesse parando.
O câmbio era exatamente igual ao manual e exigia que o motorista comandasse a troca de marchas pela alavanca de mudanças. Entretanto, era chamado de câmbio “semi-automático” pois dispensava o uso do pedal da embreagem.



[PALAVRA_CHAV]O sistema[/PALAVRA_CHAV] – A embreagem é acionada eletronicamente, com sensores na alavanca e nas rodas
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FOTOS Bosch / divulgação

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