Em nova reunião presencial, vereadores de BH defendem reabertura do comércio em até 45 dias

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/04/2020 às 15:12.Atualizado em 27/10/2021 às 03:20.
 (Lucas Prates)
(Lucas Prates)

Na manhã desta quarta-feira (22), mais uma vez um grupo de vereadores de Belo Horizonte se reuniu presencialmente na Câmara Municipal para debater a reabertura do comércio na cidade. Dos 41 parlamentares, oito compareceram à reunião e um participou virtualmente. A retomada das atividades, segundo eles, poderia ser feita gradualmente, ao longo de 45 dias.

Durante o encontro, alguns usaram o microfone para defender essa posição. Atualmente, podem funcionar apenas os serviços essenciais (supermercados, padarias e farmácias) e restaurantes e lanchonetes para entregas em domicílio ou na porta do estabelecimento.

Os vereadores querem uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil. Eles disseram ainda que devem enviar um documento ao Executivo com alternativas. Além da retomada em até 45 dias, sugerem manter distanciamento social seletivo (em que pessoas de grupos de risco ficam em casa) e uso obrigatório de máscaras e luvas.

O grupo cobra ainda que a PBH apresente propostas para ajudar os comerciantes da cidade. Para os parlamentares, recursos que seriam dedicados a obras devem ser remanejados, aliviando os gastos de quem ficou com as portas fechadas durante a quarentena. Outra sugestão é não cobrar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos comerciantes.

Alguns vereadores, como Jair di Gregório e Fernando Borja, também fizeram questão de se colocar contrários ao líder do Governo na Câmara, Leo Burguês, por realizar reuniões com representantes da prefeitura e de entidades sindicais ligadas ao comércio. No último dia 13, durante a primeira reunião da Câmara sobre o assunto, o vereador fez uma reunião “paralela” com representantes do segmento.

Segundo Burguês, desde então, demandas das entidades representativas são levadas ao Executivo. O próximo encontro acontecerá virtualmente na manhã desta quinta-feira (23).

Apoio a Kalil

Além do líder do Governo na Câmara, outros 33 vereadores de Belo Horizonte assinaram documento de apoio às medidas de isolamento social adotadas pelo prefeito Alexandre Kalil para enfrentar o novo coronavírus.

Para esses parlamentares, o isolamento é fundamental para garantir que a doença não avance entre os moradores da capital – a cidade já tem 478 casos confirmados e nove mortes. Eles também reconhecem que a prefeitura de BH fez ações importantes para mitigar os problemas enfrentados pelos mais vulneráveis, como a distribuição de cestas básicas.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do prefeito e foi informada que Kalil não comenta reuniões realizadas pelo Legislativo. 

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