Condições degradantes

Minas segue no topo da lista suja do trabalho escravo no Brasil

Entre 2020 e 2025, mais de 1,5 mil trabalhadores foram resgatados no Brasil

Do HOJE EM DIA*
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Publicado em 06/10/2025 às 19:57.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou o cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. A chamada lista suja do trabalho escravo passou a contar com 159 nomes - 101 de pessoas físicas e 58 de empresas.

Minas lidera o ranking, com 33 infratores. O estado tem ocupado a primeira posição nos últimos anos.

De acordo com o MTE, no Brasil houve aumento de 20% em comparação à lista anterior. Entre 2020 e 2025, 1.530 trabalhadores foram resgatados desse tipo de situação.

As atividades econômicas com o maior número de empregadores na lista são: criação de bovinos para corte (20 casos), serviços domésticos (15),cultivo de café (9) e a construção civil (8).

"Do total, 16% das inclusões estão relacionadas a atividades econômicas do meio urbano", informa o ministério.

Além de Minas, São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12) estão entre os estados com mais infrações. 

A lista suja é publicada semestralmente e tem como "objetivo dar transparência aos resultados das ações fiscais de combate ao trabalho escravo".

Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, a inclusão no cadastro só ocorre após a conclusão de processos administrativos, nos quais são assegurados aos autuados o contraditório e a ampla defesa. 

Os nomes permanecem publicados por dois anos. Nesta atualização, além das novas inclusões, foram excluídos 184 empregadores que já haviam completado esse período.

Como denunciar casos de trabalho análogo à escravidão 

A denúncia de trabalho análogo à escravidão pode ser feita pelo Sistema Ipê, plataforma exclusiva para o recebimento. A denúncia pode ser feita pela internet e de forma sigilosa. 

* Com informações da Agência Brasil

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