
Quase sete em cada 10 comerciantes de Belo Horizonte estão otimistas com as vendas no Carnaval este ano, que deverá atrair aproximadamente cinco milhões de foliões, segundo estimativa da Belotur - vale lembrar que se uma pessoa se divertir em três blocos é contada três vezes na estimativa do órgão municipal. A título de exemplo, 4,3 milhões de moradores e turistas brincaram a folia em 2019.
O otimismo dos empresários faz parte de uma pesquisa da Fecomércio-MG, divulgada nesta segunda-feira (17). De acordo com a entidade, 66,7% dos comerciantes acreditam que o período será positivo para as cadeias de comércio, serviços e turismo. O maior número de turistas na cidade (66,7%) e o crescente movimento nos estabelecimentos (16,7%) são alguns dos motivos de otimismo apontados pelos entrevistados.
As sucessivas altas do dólar, impulsionadas pelo coronavírus e outros fatores, acabam por ajudar no incremento nas vendas tanto de BH quanto de outras cidades do Brasil. A analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Letícia Marrara, reforça esta tendência: “Observamos um aumento no fluxo de turistas nacionais, principalmente pela alta do dólar, o que favorece o setor, impactando, principalmente, as atividades econômicas. Além disso, o Carnaval já é considerado pelos empresários como um período de grandes oportunidades de vendas. E para atender essa demanda, o varejo oferece itens que normalmente não são vendidos no decorrer do ano, como kits, e ainda realiza promoções pontuais”.
Já Milena Soares, analista de turismo da Fecomércio-MG, destaca a importância de os empresários fidelizarem a clientela: “Pensando nisso, as ações devem promover uma experiência positiva, como um bom atendimento e prestação de serviço, pois esse pode ser um dos motivos determinantes para que o visitante retorne ou indique o local para os seus amigos e parentes”.
Conforme a pesquisa, mais da metade dos entrevistados (51,8%) espera um movimento maior durante todo o período da folia. Outros 42,3% nas festas que antecedem a data. Para 25,5%, durante a passagens dos blocos na região. Em relação a forma de pagamento, o cartão de crédito será a principal plataforma (64,5%).
A entidade quis saber quantas empresas vão trabalhar durante a festa de Momo: 48,9% estarão em atividade. Destas, 69,9% abrirão todos os dias e 68,6% realizaram ou irão realizar algum investimento para a data.