
O imbróglio envolvendo a liberação dos voos de grande porte no Aeroporto da Pampulha, autorizado pelo governo federal em outubro, ganhou um novo capítulo. A Associação Comunitária dos Bairros Jardim Atlântico e Santa Amélia e a Associação Pro-Civitas dos Bairros São Luiz e São José, da região da Pampulha, ingressaram na Justiça Federal, na 17ª Vara de Belo Horizonte, com Ação Civil Pública contra as decisões da União e do Ministério de Transportes que permitiram a volta dos jatos comerciais ao terminal.
Segundo a assessoria de comunicação das associações, os moradores também fizeram representações junto ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal questionando a falta de consulta pública às comunidades em relação à questão.
Os moradores alegam que a decisão que autorizou a liberação dos voos coloca em risco a saúde e a segurança da população, além de trazer risco à preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural tombado.
Para Carlos Conrado, membro da Associação Pró-Civitas, as providências tomadas buscam minimizar os possíveis impactos que a volta dos jatos causaria à população.
“A associação defende o interesse dos moradores. São mais de 150 mil moradores afetados pela volta dos jatos. A gente busca o entendimento com a Infraero para que a população sofra o menos possível com a volta desses jatos, em uma área totalmente residencial”, explica.
Retorno iminente
Mesmo com os esforços das associações de moradores e da BH Airport, concessionária que administra o Aeroporto de Confins, para tentar reverter a decisão do governo federal, a volta dos voos à Pampulha está cada vez mais próxima.
Após o resultado da solicitação de alocação dos slots – direito de usar a estrutura para pousar e decolar no aeroporto, as empresas aéreas já solicitaram à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) as rotas desejadas para operar no terminal a partir de janeiro.