A ‘morte’ ao estilo José Saramago desencadeia ação em "Adeusàmorte"

Hoje em Dia
21/11/2014 às 08:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:06
 (GUTO MUNIZ/)

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E se a morte entrasse em greve? Como reagiria o governo? A igreja? Os pensadores e filósofos? E se desfrutássemos de uma vida eterna, mas sem parar de envelhecer? Esses são alguns dos questionamentos de “Adeusàmorte”, parceria entre o diretor mineiro Cristiano Peixoto e a dramaturga paulista Lucienne Guedes, responsável pela construção do texto, inspirado na obra “A Intermi-tências da Morte”, de José Saramago.

Em foco, questões relacionadas à vida, a morte e a dificuldade ou “medo” que muitos têm em relação à sua chegada, explica Peixoto: “No fundo, nosso medo é o da perda contínua de nossas faculdades físicas e psíquicas. Para a maioria, é muito difícil lidar com a morte, pois nossa educação fez questão de pular esse capítulo. A sociedade vive da promessa do prolongamento da juventude”.

Para ele, Saramago reivindica a possibilidade de uma morte “nobre”. Uma morte com a qual se encontra, se luta e essa batalha, a última – da qual é impossível sair vencedor – é a que dará sentido a toda uma existência. Sob esse ponto de vista, diz, o tema da morte fica bem mais luminoso “porque se torna evidente que negar (a morte) é também negar uma parte da vida”.
 

"Adeusàmorte - De hoje ao dia 23, 20h. Oi Futuro Klauss Vianna (Av. Afonso Pena, 4.001). Ingressos: R$15 e R$7,50(meia).

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