Alvinho Lancellotti mostra seu samba moderno n'A Autêntica

Cinthya Oliveira
17/06/2015 às 13:06.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:31
 (Rafaela Amoedo / Divulgação)

(Rafaela Amoedo / Divulgação)

Alvinho Lancellotti chega a Belo Horizonte em um momento importante da carreira. Mês passado, o músico carioca deixou a banda Fino Coletivo, com quem trabalhou por dez anos, para se dedicar completamente ao trabalho solo. “O meu trabalho agora me completa e não fazia mais sentido pra mim não estar inteiro em outro”, afirma o artista, que se apresenta n'A Autêntica nesta quinta-feira (18).

Com composições gravadas por gente famosa como Marcos Valle, Maria Rita e Davi Moraes, Alvinho é um destacado nome do samba carioca. Irmão de Domenico Lancellotti e filho do sambista Ivor Lancellotti, o artista dá continuidade à bela escola musical com que convive desde a infância.

O show de quinta-feira vai contar com músicas de seu primeiro álbum "O Tempo Faz a Gente Ter Esses Encantos" (2013), além de releituras de canções do Fino Coletivo, como “Boa Hora” e “Porvir”. Algumas músicas inéditas também devem entrar na trilha, que será conduzida ao lado de Pedro Costa (guitarra e violão) e Adriano Sampaio (percussão).

 

Produção

Alvinho está no processo de desenvolvimento de seu segundo disco. Segundo ele, a intenção é trabalhar uma continuidade da linguagem trabalhada no álbum de estreia. “Não que seja algo evolutivo, mas é uma passagem. Dentro de um mesmo universo musical colocando mais densidades nos timbres e usando mais elementos de 'banda' (baixo, bateria, teclados)”, explica.

Sabe-se que o samba continuará sendo seu norte. “É (uma sonoridade) muito rica de possibilidades e eu gosto muito de experimentar dentro dos meus sambas todas as coisas africanas de candomblé, afoxé, afrobeat e sambalanço”, completa.

 

Influências

Alvinho cresceu em um meio extremamente musical, graças a seu pai, Ivor, compositor que foi gravado por grandes cantores como Roberto Carlos, Clara Nunes e Beth Carvalho. Mas ele só se deu conta de que deveria seguir carreira na área quando alcançou a vida adulta. “Me dei conta há pouco das responsabilidades dos meus familiares sobre minhas influências musicais. Quando criança e adolescente eu não tocava instrumentos, não fazia música. Foi uma coisa que se deu depois dos 23 anos. Uma necessidade de criar, de colocar sentimentos pra fora”, afirma Alvinho.

“Hoje eu entendo que tudo o que eu escutei do meu pai e seus parceiros, como Paulo Cesar Pinheiro e João Nogueira, foi uma escola de composição que eu tive dentro de casa. Uma formação realmente. Paralelo a isso, tinha meu irmão que me proporcionou as outras possibilidades de texturas que uma canção poderia ser vestida”, reconhece.

 

Show de Alvinho Lancelotti

A Autêntica (rua Alagoas, 1172, Savassi). Quinta (18), às 22h. R$ 20

www.sympla.com.br/alvinho-lancellotti__34249

 


Confira o trabalho de Alvinho: 

 

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