
Nem foi tão difícil assim, escolher o tema a nortear seu mais recente livro. Aliás, ele já se evidencia no título: “Para Alguém que Amo – Mensagens Para uma Pessoa Especial” (Editora Multifoco). O dado curioso é que a autora, a jornalista belo-horizontina Priscilla Porto, ainda não era mãe quando resolveu falar sobre o amor de uma mãe a seu rebento. Sim, o livro não trata exclusivamente do amor entre um homem e uma mulher. Nele, são abordados também o amor ao próximo, o amor em família e mesmo o amor à vida. “Mas acredito que o amor incondicional é mesmo o amor da mãe aos filhos”, diz a moça, que reside já há um bom tempo em Ouro Preto, lembrando que, no livro, esse sentimento específico é abordado por meio da crônica “Bico”.
“E é curioso, pois escrevi bem antes de a minha filhinha, Nicolle, nascer. Hoje, ela tem um ano. Mas o que escrevi antes, sinto agora, com ela”, diz Priscilla, 37 anos. Ela, que começou a fazer as primeiras poesias ainda criança, aventurando-se, aos 15 anos, a escrever contos, estreou no mercado editorial em 1998, com o independente “Adeus”, de contos. Após um hiato, Priscilla voltou à ativa em 2007, lançando o livro de crônicas “As Verdades que as Mulheres Não Contam” (Ícone Editora), com um viés mais cômico.
O mais recente a se juntar a esse time traz, como diferencial, um espaço, nas primeiras páginas, para que os leitores dediquem o livro às pessoas amadas. “Esse foi um livro que considero um presente para mim, e que os leitores poderão dar de presente a pessoas especiais que fazem parte de suas vidas”, justifica ela, que, este ano, pretende lançar um título de poesias e um infantojuvenil, de incentivo à leitura.
E se o amor incondicional ela “linka” com o advento da maternidade, Priscilla entende que o mais sofrido costuma mesmo ser o passional – que, inclusive, lembra, “muitas vezes é platônico”. “E também por envolver duas pessoas que, às vezes, podem ser muito diferentes”. Em algum momento do relacionamento, reflete ela, essas diferenças podem eclodir, dando até um ponto final aos sonhos.
Romântica até a medula (“adoro estar apaixonada e gosto de músicas e filmes românticos”), ela acredita que, sim, está faltando amor no mundo de hoje. “Acredito também que está faltando reflexão sobre nossas atitudes. No livro, há muitas crônicas acerca da necessidade de valorização à vida, e do amor a ela”.
Mais informações sobre a autora e sua obra podem ser obtidas no site: priscillaporto.com