Ana Martins Marques apresenta “O Livro das Semelhanças” aos mineiros

Elemara Duarte - Hoje em Dia
Publicado em 29/08/2015 às 10:02.Atualizado em 17/11/2021 às 01:33.
 (Rodrigo Valente)
(Rodrigo Valente)
Há uma poetisa consagrada entre nós, mineiros. E o nome dela é Ana Martins Marques, que tem desmanchado a cara brava de vários críticos literários do país. Mas chega de oba-oba! O que importa aqui é prosseguir com o trabalho. E é nele que a autora se apoia para autografar, hoje, seu recente “O Livro das Semelhanças” (Companhia das Letras, 110 páginas).
 
O título foi retirado de um dos poemas. “Foi um amigo que leu os originais e me mostrou como o título já estava lá, que a ideia de semelhança – entre as coisas, as imagens e as palavras; o mundo e o mapa; o poema e o mundo – aparecia em vários poemas”, conta ela.
 
Mas, aqui, Ana, cá entre nós, depois do auê para o livro “Da Arte das Armadilhas” (2011) bateu um medinho em relação ao que falaria ou cobraria esta mesma crítica de o “O Livro das Semelhanças?”
 
“Não senti propriamente cobrança. Ao longo dos últimos anos, desde a publicação de ‘Da Arte das Armadilhas’, venho publicando poemas em sites, jornais e revistas”. Ou seja, os louros são legais. Mas é o trabalho constante que tem poder até mesmo para serenar a autora.
 
“Acho que fazer circular os textos nesses outros suportes me ajudou a diluir um pouco minha própria expectativa em relação ao livro. Para mim o livro ainda é o espaço em que os textos encontram o seu lugar”. Mas e o “medinho”? “Tenho curiosidade em relação ao modo como esse livro vai ser recebido, mas procuro não ter muitas expectativas”.
 
Um dos textos, intitulado “Poemas Reunidos”, parece mostrar esta leveza que a autora alcança: “Sempre gostei dos livros/ chamados poemas reunidos/ pela ideia de festa ou de quermesse”. Mas, Ana, se você realmente quisesse fazer a “Festa dos Poemas Reunidos”, que cinco versos de outros autores não poderiam ficar de fora?
 
A resposta, confira abaixo:
 
Festa poética
 
Na lista VIP de Ana Martins Marques entrariam os seguintes versos:
 
– “Amor/humor”, de Oswald de Andrade
– “Há sempre um copo de mar/para um homem navegar”, do “Invenção de Orfeu”, de Jorge de Lima
– “Nascer é muito comprido”, do poema “Reflexão n° 1”, de Murilo Mendes
– “Não amei ninguém./ Salvo aquele pássaro – vinha azul e doido –/ que se esfacelou na asa do avião”, do poema “Confissão”, de Drummond
– “Preciso voltar e olhar de novo aqueles dois quartos vazios”, de Ana Cristina Cesar
 
SERVIÇO
Lançamento de “O livro das Semelhanças”, sábado (29), às 11h30, na Livraria e Editora Scriptum (Rua Fernandes Tourinho, 99, Savassi)
 
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