(Maurício Vieira)
Após duas invasões, marcadas por depredação e saques, os administradores do teatro Kleber Junqueira decidiram fechar de vez o equipamento cultural, localizado no bairro Calafate, região Noroeste de Belo Horizonte. Somente com equipamentos, o espaço sofreu um prejuízo superior a R$ 230 mil. O contrato de aluguel deve ser encerrado em breve.
De acordo com Éder Paulo, ex-diretor do teatro Kleber Junqueira, houve uma negociação com a Cemig para que a empresa assumisse o patrocínio do equipamento por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, mas o acordo não foi realizado. A intenção da direção do espaço era conseguir a captação de R$ 1,5 milhão para conseguir reativá-lo.
Por meio de nota, a Cemig informou que, em janeiro de 2018, a empresa acatou uma solicitação de patrocínio para a instituição, no valor de R$ 20 mil para realização da peça “A Nova Roupa do Imperador”, e repassou R$ 150 mil para manutenção do espaço por meio da Lei Estadual de Incentivo, mas a peça não foi encenada conforme o previsto. Mesmo com o passivo, a empresa solicitou aos diretores do teatro que regularizassem a situação, para que pudesse ser realizado o patrocínio em 2020, o que não aconteceu.
O teatro foi aberto em 2004 pelo ator Kleber Junqueira em uma edificação que abrigou o antigo cinema São José. Ao longo dos anos, recebeu um público de 500 mil espectadores, de acordo com a direção do espaço, especialmente graças a parcerias com escolas da região. Estava fechado há dois anos, mas ainda havia a expectativa por parte de Éder e do próprio Kleber de reativá-lo.
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