Autor lança obra que reúne artigos sobre a genialidade do músico

Pedro Artur - Hoje em Dia
09/10/2014 às 08:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:32
 (Marcelo Prates/bodok imagem/)

(Marcelo Prates/bodok imagem/)

Um “empurrão” do amigo – o escritor e artista plástico Marcelo Xavier – convenceu de vez o jornalista e poeta Fernando Righi Marco: os artigos que tinha escrito sobre Ludwig van Beethoven (1770-1827) mereciam, sim, um livro. Que agora chega aos leitores com o título “Construindo Beethoven Peça a Peça” (Editora Asa de Papel, R$ 44,90)). O lançamento é nesta quinta-feira (9), às 19h, na Livraria Asa de Papel (rua Piauí, 631, Santa Efigênia).

“Beethoven é um ‘hobby’ antigo. Meu pai tinha discos (do compositor) e eu escutava muito, quando era menino. Depois, assistia, na TV, ao ‘Concertos para a Juventude’ (programa que ia ao ar pela Rede Globo aos domingos pela manhã, de 1965 a 1984, apresentando concertos ao vivo). Isso despertou em mim um interesse imenso pela obra dele”, relata Righi que, a uma certa altura, começou a escrever artigos sobre a ‘Nona’ para entender a grandeza da obra e também de outras sinfonias, sempre com o olhar para a dimensão mais ampla e histórica que envolvia a peça. “Mostrei ao Marcelo (Xavier) que questionou porque não publicava. Faltava aquele empurrão”, conta.

Righi era movido pela busca às causas que motivaram a criação de peças emblemáticas. “Ele (Beethoven) tentava entender a arte como o aprimoramento humano. Utilizava a música com essa conotação mais profunda. E dizia: ‘para entender a minha música deve-se livrar das misérias que acometem os mortais’”, explica.

Nas páginas do livro – ao todo, 382 – mais de 100 obras estão descritas em capítulos (sinfonias, teclas, cordas, vozes, palco, sopros e miscelânea).

Fernando Righi, que também é músico, considera que a influência de Beethoven é incomensurável. “O ciclo das sinfonias, os últimos quartetos e as últimas sonatas para piano são obras em que ele rompe com certas estruturas formais e marca os próximos 100 anos da música pelas experiências”, destaca.

Para ele, a música de Beethoven – e a instrumental, em geral – exala e resvala para os sentimentos humanos. “A música instrumental não tem nacionalidade e idioma, cor de pele, por isso acabo percebendo essa grandeza do Beethoven. Sua música tem esse poder de expressão que consigo compreender mas não sei explicar, é coisa de sentimento”.

Outro lançamento na cidade

Waldemar Niclevicz lança, nesta quinta-feira (9), às 19h, na Mineiriana (rua Paraíba, 1419, Savassi), “O Brasil no Topo do Mundo” (Comdesenho) – sobre os seus 26 anos como alpinista profissional.

Prefácio de Pelé.

Os 28 capítulos trazem 1.320 fotografias, em 420 páginas.

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