MÚSICA

Cantora Angela Ro Ro é atração desta quinta-feira no Sesc Palladium

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 19/09/2022 às 07:00.
Angela participará de talk show, cantando e falando de sua trajetória musical (Bob Wolfenson/Divulgação)

Angela participará de talk show, cantando e falando de sua trajetória musical (Bob Wolfenson/Divulgação)

Belo Horizonte foi um dos grandes incentivadores da carreira de Angela Ro Ro. Com 26 anos, ela era ainda uma desconhecida do mercado musical e todo fim de semana “pegava carona na estrada ou com amigos” para vir a BH “cantar de graça no Jambalaya”, lembra. “Só para me divertir, ficando dependurada na casa de um amigo ou outro”.

Uma das vozes mais potentes da MPB, ela lembra que, na segunda metade dos anos 1970, muita gente boa cantava na casa de shows localizada na Savassi. “Era jazz, bossa, blues, rock, pop. Eu não era conhecida, mas dava canja lá. Aí um dia eu pensei: tive que ir a BH para tomar vergonha na cara e começar a trabalhar”, diverte-se.

São histórias que certamente entrarão na pauta do talk show “Salve Rainha”, que terá Ângela como primeira convidada da temporada, nesta quinta-feira, às 20 horas, no teatro do Sesc Palladium. Além de falar um pouco de sua trajetória, Angela, é claro, apresentará vários de seus sucessos, ao lado do pianista Ricardo MacCord.

Com uma história marcada por muitas polêmicas, ela promete responder toda e qualquer pergunta, até porque, diz, “não existe coisa polêmica mais, por já ter ultrapassado o limite há muito tempo”. Assuntos que estarão numa futura autobiografia. “Já falaram tanta coisa sobre Angela Ro Ro que está na hora de eu falar da Angela Maria”, registra.

Após perguntar o signo do repórter (“Aquário? É um signo meio flutuante”, define), ela se apresenta como sendo de “sargiotário”. E cita um exemplo: durante a pandemia, o muro do vizinho “caiu em direção ao meu terreninho e disse que eu não iria fazer nada; devem achar que sou filha única de um banqueiro alemão, com cara de rica”.

Sem poder fazer shows durante o isolamento social e com as contas se acumulando na mesa, ela não pensou duas vezes: “com meu jeitinho extrovertido, botei em público um postinho com meus dados bancários, dizendo que, quem quisesse me doar R$ 10, por gentileza, eu ficaria muito grata”.

Foi, como explica, “a forma mais óbvia, direta e honesta de gritar socorro”. O pedido surtiu resultado: “Entrou o suficiente para eu aguentar até começar a fazer lives”. Agora ela está de volta aos palcos, rodando o Brasil. “Eu não estou rodando o Brasil. Não estou tão chique assim. Não chega a ser uma turnê, mas estou preenchendo humildemente a minha agenda”, corrige.

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