Carioca Dônica lança “Continuidade dos Parques”

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
26/07/2015 às 10:40.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:05
 (Fernando Young/Divulgação)

(Fernando Young/Divulgação)

O rock do século 21 anda muito objetivo, meio carente de solos instrumentais, mas uma moçada nova do Rio de Janeiro muda um pouco essa dinâmica da contemporaneidade. No primeiro álbum, “Continuidade dos Parques” (Sony Music), a banda Dônica faz uma espécie de mistura de MPB com rock progressivo, apresentando músicas mais longas e elaboradas, sem se preocupar em preencher todos os momentos com letras.
 
“Começou meio que com uma mistura entre Caetano Veloso e Milton Nascimento com Supertramp. No início, nosso som não era tão progressivo porque a gente nem conhecia o rock progressivo direito ainda”, afirma Zé Ibarra, pianista e vocalista do quinteto, acrescentando que a média de idade do grupo é de 18 anos. “O interessante é que nos nossos shows, a galera mais velha é a que mais se identifica”.
 
Os solos entraram nas composições de forma natural, não muito planejada, segundo o guitarrista Lucas Nunes. “Durante o ensaio, víamos que determinados momentos eram bons para solos. Acontecia sem planejamento, porque é algo que está no som que a gente ouve”, diz o músico, adiantando que, na época de criação desse repertório, The Police era a banda mais ouvida.
 
Caçula de Caetano
 
Embora formado por garotos tão jovens – um dos integrantes ainda está no Ensino Médio –, o Dônica chamou a atenção da Sony e da imprensa porque um de seus integrantes é Tom Veloso, filho caçula de Caetano e Paula Lavigne. O olhar interessado da mídia é bom para a divulgação do grupo, mas ainda é assunto complexo para o garoto – tímido, ele não se apresenta ao vivo com o grupo.
 
Para que “Continuidade dos Parques” pudesse ser tão interessante, os rapazes contaram com gente bem experiente. A produção ficou com Daniel Carvalho (filho de Dadi, dos Novos Baianos, e autor de várias trilhas de cinema) e Berna Ceppas (criador da trilha de “OVO”, de Deborah Colker, e integrante da Orquestra Imperial).
 
Há ainda participações de Milton Nascimento, Pedro Baby e de uma moça que também nasceu em um lar de pessoas do universo da música: Dora Morelenbaum – filha do violoncelista Jaques e da cantora Paula Morelenbaum.
 
Futuro incerto
 
Ainda é cedo para falar em novas músicas, mas certam[/TEXTO]ente o caminho musical do Dônica é uma incógnita para os próprios integrantes. Afinal, os rapazes estão começando a faculdade e terão contato com muitas outras escolas do rock. “Cada vez temos acesso a mais coisas diferentes para nos inspirar. Comecei a ouvir coisas que antes não admitiria ouvir, como punk rock. Estamos nos abrindo para tudo e vamos ver o que sai daí”, diz Zé Ibarra.
 
As influências da banda Dônica vão de Caetano Veloso, Toninho Horta e Chico Buarque a Yes, Queen e Pink Floyd
 

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