Carlos Lombardi retorna aos anos 70 e explora poder e bandidagem em Pecado Mortal

Émile Patrício, do Hoje em Dia
Publicado em 22/09/2013 às 10:50.Atualizado em 20/11/2021 às 12:38.

Não é pretensioso dizer que a nova trama da Record, que vai ao ar nesta quarta-feira, às 22h30, chega para arrebatar os telespectadores e será a redenção da emissora no cenário da teledramaturgia brasileira. Pecado Mortal trará o clima de cinema para nossas salas de estar com muita ação e drama, algo pouco comum nos textos de Carlos Lombardi.

Tudo é muito inovador, até mesmo para o próprio escritor. Carlos Lombardi embarca pela primeira vez no mundo do drama. Ele, que se consagrou por tramas de comédia como Quatro Por Quatro, Uga Uga e Kubanacan, sucessos da Globo, sabe do desafio.


E o trabalho será diferenciado. Com direção geral de Alexandre Avancini, Pecado Mortal está ganhando tratamento visual de cinema, cenas gravadas com câmeras Arri Alexas, usadas em filmes e seriados norte-americanos, que captam imagens em alta definição.
 
A trama terá como pano de fundo a ditadura, o machismo, o movimento feminista, a luta armada e a censura, marcas da década de 70 no Brasil. Mas o núcleo principal da história será a disputa entre duas famílias. Os Veneto vivem no subúrbio carioca e tentam se legitimar socialmente com a escola de samba, localizada no fictício Morro do Pinguim.
 
Já os Ashcar optam pela clandestinidade para a lavagem da contravenção, explorando ainda os “jogos de azar”. São entrelaçadas grandes personagens com mulheres fortes, misteriosas, manipuladoras e sensuais.
Em janeiro, Lombardi, em seu twitter, explicou que a novela terá os charmosos descamisados, porém, nada de periguetes, uma expressão que não fazia parte do vocabulário da época: “Periguete com esse nome, não.

A novela se passa em 1977. Mas teremos panteras, gíria para mulherão naquela época”. Definitivamente, não existe a pretensão de que este trabalho bata sucessivos recordes. Mas não é só mais uma história de disputa por poder. “É também o retorno a uma época na qual o crime organizado finca raízes no país”, diz o autor.

 

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