
Desde 2012, o Casuarina vem homenageando centenários de grandes compositores da música brasileira. De lá para cá, homenagearam Herivelton Martins, Ciro Monteiro e Dorival Caymmi em shows, sendo que o último acabou inspirando também a gravação de um disco. “Os arranjos ficaram muito bons. Se não gravasse, seria uma pena danada”, diz o pandeirista e vocalista Gabriel Azevedo.
O conteúdo do álbum “No Passo de Caymmi” poderá ser conhecido pelo público belo-horizontino esta noite, no Teatro Bradesco. É o início de uma turnê que deve se estender por vários meses.
De acordo com Azevedo, a intenção do Casuarina foi passear pelos temas trabalhados por Caymmi em sua vasta obra. “Abordamos a saudade da Bahia, cantada em tantas músicas. O mar e os pescadores também foram muito emblemáticos, assim como as músicas feitas para mulheres. O interessante é que Caymmi conseguiu construir todo um universo próprio em torno dele”, explica.
O álbum foi o primeiro em que os cinco integrantes gravaram sozinhos, sem outras participações. Isso fez com que a sonoridade ficasse mais simples. Músicas famosas não poderiam ficar de fora: “Marina”, “O Que É Que a Baiana Tem?” e “Você Já Foi à Bahia?”.
A produção autoral do grupo deverá ficar guardada por pelo menos um ano. Mas Azevedo garante que já há material suficiente para a gravação de um disco. “Em todo ensaio, algum integrante aparece com uma nova composição”.