Cine Humberto Mauro exibe hoje 'Quarto Camarim', que aborda temática LGBT

Da redação
almanaque@hojeemdia.com.br
27/04/2018 às 10:12.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:33
 (Divulgação)

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Como parte da terceira edição da Sessão Abraccine, evento promovido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o longa metragem “Quarto Camarim”, de Fabricio Ramos e Camele Queiroz, será exibido hoje, no Cine Humberto Mauro, às 19h30. A entrada é franca. Após a participação em três festivais internacionais, com sessões ocorrendo na Venezuela, na República Dominicana e no Canadá, o filme fará parte de um ciclo de exibições que serão realizadas em diversas capitais brasileiras. Como parte dos eventos, debates com a presença de importantes nomes da crítica e o público presente serão realizados ao final de cada sessão. Em Belo Horizonte, o debate pós-sessão será mediado pelo crítico, mestrando em Cinema pela UFMG e membro da Abraccine, Renato Silveira, e contará com a participação do produtor de mídias audiovisuais, fotógrafo, ativista pela população LGBTQI e homem trans, Gael Benitez. Sobre o filmeQuarto Camarim” é o primeiro longa-metragem dos diretores Camele Queiroz e Fabricio Ramos. O filme, por meio de uma abordagem documental, mostra o reencontro, depois de vinte e sete anos, entre uma sobrinha, que é a própria diretora, e a sua tia, Luma, que é travesti e trabalha como cabeleireira; quem não manteve nenhum contato desde a sua infância Narrativamente, o filme assume contornos dramáticos e estéticos que partem de uma relação corpo a corpo entre duas individualidades, cujas tensões são mediadas pelo próprio cinema. O resultado, segundo a dupla de cineastas, é uma obra de mise-en-scène compartilhada entre a diretora e a tia, que protagonizam o longa. Sem abrir mão da abordagem temática sensível de impacto político e social, “Quarto Camarim” elabora cinematograficamente um testemunho de vivência pessoal e íntima. Para a dupla de cineastas, a iniciativa da Sessão Abraccine tem um impacto de mudança de paradigma, num cenário no qual são conhecidas as imensas dificuldades que um longa independente enfrenta para obter visibilidade no cenário cultural. “Há uma dupla importância na ação da entidade que, além de promover o acesso a um público variado, de diferentes cidades em diferentes salas (um público provavelmente mais diversificado do aquele predominante nos festivais), valoriza o estatuto da crítica (eventualmente diminuído nos festivais pelas pressões naturais de curadorias e júris), aproximando a perspectiva da crítica à intervenção aberta do público, já que o evento estimula a participação do público nas conversas após cada sessão, com a presença de outros debatedores e mediadores além do próprio crítico de cinema”, afirmam.  

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