CINEMA

Com Vladimir Brichta, Leandra Leal e Digão Ribeiro, 'Alemão 2' estreia na quinta-feira

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 29/03/2022 às 12:15.
Filme retoma dispositivo (policiais encurralados), mas com personagens diferentes (RT FEATURES/DIVULGAÇÃO)

Filme retoma dispositivo (policiais encurralados), mas com personagens diferentes (RT FEATURES/DIVULGAÇÃO)

Um dos atores principais da continuação de “Alemão”, com estreia nesta quinta-feira nos cinemas, Digão Ribeiro não esconde o pé atrás com o primeiro filme, lançado em 2014. O novo longa-metragem, com poucos personagens remanescentes do anterior, traz um significado especial para ele: reparação.

“(O filme) tem um lugar mais democrático, com os personagens melhor representados dentro de suas causas. O primeiro se resumia a cinco policiais presos numa pizzaria e o que acontecia no entorno deles. Agora a gente consegue trazer o (complexo do) Alemão como grande protagonista da história”, observa Digão.

O intérprete de Soldado, chefe do tráfico que é alvo de uma operação comandada por Machado (Vladimir Brichta), Leandra Leal (Freitas) e Ciro (Gabriel Leone), salienta que a parte 2 consegue trazer de forma clara o que foi o projeto da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora, implantada em 2008 em algumas favelas do Rio de Janeiro).

“No primeiro, conseguimos ver a UPP chegando, mas não é o foco, pois todos estão trancados dentro de uma pizzaria. Dez anos depois, o caos está ali fora, fazendo a gente relacionar com o que aconteceu e o que está acontecendo. Outras políticas de segurança estão sendo aplicadas, mas sem ouvir as pessoas que devem ser ouvidas”, lamenta.

Digão enxerga no filme uma espécie de denúncia, em que, na superfície, aparenta ser uma história de ficção, mas é muito revelador do que está acontecendo hoje. “Nos aponta um problema que exige urgência. A solução não existe ainda, pois é preciso parar e olhar para essas questões com mais calma. A arte ajuda nisso”, comenta.

Ele assinala que ganhou, com Soldado, um dos grandes presentes da carreira. Boa parte dos papéis que fez foram de bandidos unidimensionais. “O Soldado é uma forma de humanizá-los, a partir de um processo de escuta com (o diretor José Eduardo) Belmonte e de troca com os atores. É possível entender as várias camadas desse homem”, analisa.

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