Compositor e saxofonista mineiro Gil Costa se apresenta nesta terça, na FEA, ao lado de banda

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
Publicado em 03/11/2015 às 07:38.Atualizado em 17/11/2021 às 02:18.
 (ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA/DIVULGAÇÃO)
(ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA/DIVULGAÇÃO)

Timidamente, o saxofonista Gil Costa faz uma ressalva, antes de se despedir da reportagem: “É ‘Ticonino’, junto mesmo”, diz, sobre o nome de seu disco. “É o apelido do meu filho mais velho, Davi (quatro anos). Muitas vezes, as pessoas confundem”, elucida, docemente, o valadarense, de apenas 31 anos, que, nesta terça (3) à noite, adentra o palco da Fundação de Educação Artística (FEA) para apresentar o show que corresponde a um dos prêmios por ter seu nome incluído entre os quatro vencedores do BDMG Instrumental.

Ao lado da banda – Wagner Souza (trompete), Samy Erick (guitarra), Bruno Vellozo (baixo acústico) e Fernando Delgado (bateria) – ele convida, ainda, o pianista Fábio Torres. “Nunca tinha tido oportunidade de me apresentar com ele, mas conhecia seu trabalho no Trio Corrente e, recentemente, ele fez uma participação no show do Sergio Danilo e, ainda mais recentemente, com a (cantora) Carol Serdeira. Na verdade, o ideal, para o meu trabalho, seria um sexteto, mas, por razões financeiras, na maioria das vezes a gente apresenta em quinteto. A Carol intermediou o contato com ele, e foi uma alegria imensa (o assentimento)”.

Caminho certo

Entre as faixas do CD, há músicas dedicadas ao filho Davi e também ao caçulinha, Matheus (três anos), assim como outra para sua musa inspiradora, Lívia. Sobre o disco como um todo, Gil conta que o resultado é uma fusão entre alma e técnica. No primeiro caso, o sentimento dá o norte. No segundo, ele parte da música brasileira como um todo, mas confessadamente se detém na mineira – “do Nivaldo (Ornelas), do Toninho (Horta), do Juarez (Moreira) e, mais recentemente, do Eneias (Xavier)”.

Aliás, Eneias teve um papel fundamental na tomada do seu caminho musical. “Antes, estava mais focado na música de igreja. Depois de assistir a um show dele – que também é cristão – no Francisco Nunes, em 2003 ou 2004, enxerguei essa possibilidade (de migrar para a música popular brasileira)”.

Sobre o Prêmio BDMG, ele considera o fato de ter entrado no grupo de ganhadores como “surreal”. E ressalta o fato de poucos saxofonistas terem, no curso da história do certame, conseguido passar pelo crivo do júri. “Fui aluno do grande Cléber Alves, que também já ganhou o prêmio, então, só posso ficar feliz, é sinal de que estou indo pelo caminho certo”.

Em tempo: além das músicas próprias, Gil incluiu, no repertório, “Fazenda”, de Nelson Angelo, para a qual fez novo arranjo “nesta vertente do meu apreço pela música mineira”. “Criei outras atmosferas, coloquei outras informações”.

Gil Costa – Nesta terça, às 20h30, na FEA (Rua Gonçalves Dias, 320). Acesso gratuito mediante retirada de convite. Classificação livre
 

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