Curta mineiro concorre em competição internacional

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
03/02/2013 às 08:28.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:39
 (The Brazilians/Divulgação)

(The Brazilians/Divulgação)

Todos os anos, o festival internacional “100 Hours FilmRacing”, sediado em Nova York, movimenta centenas de equipes de filmagem de todo o mundo em torno de um desafio. Cada um tem de produzir um curta-metragem de cinco minutos em apenas cem horas, a partir de três orientações dadas pela competição.  Entre os 20 melhores vídeos enviados, apenas um da América Latina foi selecionado. É “Carrot Cake” (“bolo de cenoura”, em inglês), criado por uma turma de publicitários, estudantes e artistas de Belo Horizonte. O filme, assim como os outros participantes, foi criado a partir de um tema (desapego), um objeto (cenoura) e uma ação (trancar alguma coisa). A trama, sobre uma mãe e um filho preso, é surpreendente.    A ideia de tentar a sorte na competição partiu de Marcelo Borja. O cineasta participou no ano passado com uma equipe internacional e seu curta, “I Fix Everything”, venceu nas categorias roteiro, direção e filme. “Isso me abriu muitas portas. O filme foi convidado para participar de vários outros festivais nos Estados Unidos e até na Índia”, diz Marcelo Borja.    Limitação   De volta a BH e envolvido em um projeto de um longa com o publicitário Robson Santo, Borja quis participar novamente da competição, mas dessa vez com pessoas da capital mineira. Às 23h do dia 13 de dezembro de 2012, a turma soube das orientações. E até 17 de dezembro, tiveram de elaborar o roteiro, procurar por atores e locações, filmar e editar.    O mais impressionante é que, mesmo com a limitação de tempo, a equipe conseguiu filmar dentro de um presídio de Ribeirão das Neves. “No início, pensamos em filmar em um quarto ou um lugar que desse a impressão de uma cela. Tentamos vários lugares, inclusive no Museu Mineiro. Até que um amigo veio nos contar que tinha um contato em um presídio”, conta a produtora do filme, Bruna Pardini.    Todo o processo foi complicado, em especial a edição. A equipe passou todo o dia 17 dentro da sala de edição, contando os minutos. “O primeiro corte ficou em dez minutos. Tivemos que tirar dali vários trechos para chegar a cinco minutos”, lembra Borja. O upload do filme foi feito a apenas 15 minutos do prazo final.   “Esse festival tem uma boa visibilidade, mas o mais importante é o exercício. O curta-metragem é a forma com a qual o cineasta pode exercitar seu trabalho”, afirma Robson Santo, que também assina direção e roteiro.    “Foi ótimo ganhar ano passado, mas, este ano, o que me deixou mais feliz foi ver a bandeirinha do Brasil entre os concorrentes. Colocar o meu país numa competição internacional me deixou muito satisfeito”, diz Borja. 


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