Dani Black quis que seu segundo álbum, “Dilúvio”, tivesse mais potência e força que o seu debute, homônimo (2011). Como o nome já indica, o novo trabalho quis trabalhar com um elemento de “fúria” no trato dos arranjos, mas sem deixar de combinar isso com o lirismo marcante da composição do artista – combinação que poderá ser conferida nesta quinta (3) em BH.

Compositor profícuo, Dani não precisou sentar para criar um repertório específico para o novo trabalho, bastou olhar para a gaveta e selecionar as canções mais “diluvianas”. “A partir do momento em que você conhece a espinha dorsal do disco, uma canção puxa a outra e você constrói o álbum. Mas também tem maravilhas que não saem porque não combinam com a ideia”, diz o músico, gravado por gente como Ney Matogrosso, Maria Gadú e Elba Ramalho.
O artista de 27 anos conta com a participação de Milton Nascimento em “Maior”. Os dois se conheceram há dois anos e a amizade entre eles cresceu ao longo do tempo, culminando na parceria para uma das músicas mais bacanas do álbum. “É uma música que mostra que o que há de mais concreto para todos, independente de crença ou religião, é a evolução, de que se estivermos evoluindo, tudo passa a valer a pena. Queria muito que o Milton cantasse ela comigo”, diz o filho de Tetê Espíndola.

A gravação da participação foi feita na própria casa de Bituca. “Fui para a casa dele no Rio para gravar a participação em um dia e acabei ficando uma semana. Essa gravação foi uma fotografia dessa ótima semana. Bituca é puro afeto”, diz Dani, que participou dos projetos “Mar Azul” (com “Travessia”) e “Mil Tom” (com “Paisagem na Janela”) e vai estar no CD que o Teatro Mágico prepara sobre o Clube da Esquina.

Serviço: Show de Dani Black na quinta (3), às 21h, às Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244, Lourdes). Entrada: R$ 40 e R$ 20 (meia)

Confira vídeo de Dani Black:

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