CINEMA

'Downton Abbey' chega ao final com segundo longa-metragem, em cartaz nos cinemas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
03/05/2022 às 16:47.
Atualizado em 03/05/2022 às 16:53
Um possível affair secreto da condessa Violet, matriarca dos Crawley, movimenta a trama (Universal/Divulgação)

Um possível affair secreto da condessa Violet, matriarca dos Crawley, movimenta a trama (Universal/Divulgação)

Num primeiro momento, a condução da continuação de "Downton Abbey: Uma Nova Era", em cartaz nos cinemas, pode parecer um tanto solene, como os aristocráticos personagens que a protagonizam, mas o encerramento da franquia – iniciada com uma série televisiva de sucesso – aponta para um lento e envolvente desabrochar.

Um certo tom agridoce predomina na narrativa, ao mostrar uma época de muitas convenções sociais e o que se fazia para contorná-las e ter um pouco de felicidade. Esse é o tema central da trama, que começa com a descoberta de um possível affair secreto da condessa Violet (Maggie Smith), matriarca dos Crawley.

A possibilidade de Violet ter vivido um grande amor na juventude acende a curiosidade dos integrantes do clã e também dos numerosos empregados da mansão Downton. A felicidade localizada num lugar longínquo do passado apresenta seus desdobramentos, com novas (ou não) possibilidades amorosas, em diversas idades e gêneros.

Concentrada no ano de 1929, a trama é, de certa maneira, previsível à medida que antecipamos os desfechos, mas é inegável a sofisticação como a roteirista Julian Fellowes e o diretor Simon Curtis nos conduz nesse percurso, permitindo que se divida suas dúvidas e receios num ambiente de forte moralismo.

Não é preciso ser um aficionado pela série para criar a compreensão desse universo e o que cada personagem representa. Aos poucos, a casa passa a ganhar novos ares, representativo para a “nova era” que o título preconiza. Os Crawley visitam outro país e permitem que uma equipe de filmagem use a casa como a locação.

No caso do filme dentro do filme, as melhores cenas de humor estão nele, numa espécie de versão inglesa de “Cantando na Chuva”, em que a chegada do som muda completamente a forma de fazer de cinema, um indício de como, a partir dali, as transformações irão cada vez mais serem frequentes. 

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