Drama que virou comédia

Hoje em Dia
20/08/2015 às 11:57.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:26
 (Marcelo de Mattos / Divulgação)

(Marcelo de Mattos / Divulgação)

Um taxista sedento pela amizade de um cliente habitual. Mas como fazer para tornar-se amigo de uma pessoa que não dá muita conversa? Um drama que virou comédia, essa é a saga da peça “Meu nome é Reginaldson” que entra em cartaz, amanhã (21), no Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube. 

A peça tem direção de Bruce Gomlevsky e texto e atuação de Fernando Ceylão. Inicialmente este esquete, que tinha duração de 20 minutos, fazia parte da peça “Você está aqui”, que foi dirigida e escrita por Ceylão e interpretada por Paulo César Peréio. O trabalho era formado por várias peças curtas com forte carga dramática, porém um dia, Peréio não pôde ir ao teatro e coube a Ceylão substituí-lo. Mas o diretor não tinha o texto decorado, sendo assim recorreu ao improviso.

Foi por causa deste episódio que Ceylão percebeu que o texto dramático também tinha talento para a comédia. O artista diz que não se sente um comediante. "No 'Gentalha', meu programa que está no ar no Canal Brasil, faço muito mais papeis dramáticos que cômicos. Mas na hora do improviso, do 'se vira aí', é o comediante que surge para salvar a situação, claro. Fazer piadas é a melhor maneira de aliviar qualquer tensão. Sempre foi, sempre será”, conta. Depois dessa situação Ceylão inseriu ao texto personagens e acontecimentos que surgem por meio da memória do motorista Reginaldson, e o drama passou a ser uma grande e divertida comédia.

Em cena somente Fernando Ceylão que interpreta mais de 15 personagens em pouco mais de uma hora. Não há caracterização, somente a voz e a postura do artista são os diferenciais dos personagens que se multiplicam em cena. A solidão é tratada de forma engraçada, mas sem deixar de mostrar que é um drama na vida de muitos. Pode-se dizer que a peça é uma tragicomédia, pois os espectadores riem todo o tempo, mas também são lembrados que a história mostrada no palco é de um homem solitário e angustiado sedento por uma conversa, uma relação.

 

"Meu nome não é Reginaldson". Data: 21 e 22/8. Sexta e sábado, ás 21h.Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244, Lourdes). R$ 60 e R$ 30 (meia).

 

 

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