(Divulgação)
Lançado em 2011, o primeiro DVD da carreira de Daniel Boaventura já tinha concepção caprichada, com direito a acompanhamento de big band. O mercado recebeu tão bem o produto que o segundo registro audiovisual do artista ganhou um investimento muito maior. “Your Song” (Sony) chega ao mercado com ares de superprodução.
Além do belo palco, que se transforma conforme o show acontece, Boaventura contou ainda com uma banda ainda maior, com 16 integrantes. “Coloquei os instrumentos de corda que sempre quis nos shows, o naipe de metais ficou maior e contratamos três backing vocals, que eram muito importantes para ter o timbre da música negra americana”, diz o artista do elenco do programa da Globo “Tapas e Beijos”.
A linha musical de criar versões para standards do jazz e músicas icônicas do pop e da black music dos anos 70 se mantém. Mas dessa vez, Boaventura abre o leque e também canta em português. A escolha foi por três composições de Roberto Carlos.
“Eu queria cantar em português há algum tempo e o público me incentivou a fazer isso. Escolhi o Roberto Carlos porque tem tudo a ver com o conceito dos standards, afinal, ele é um artista com 50 anos de carreira e muitas composições que estão no inconsciente coletivo”, diz.
Inusitado
Boaventura faz questão de deixar claro que sua intenção não é fazer covers, mas deixar uma assinatura sobre cada versão. Há momentos do show em que ele consegue soluções bem diferentes das músicas originais, contando com a produção musical de André Vasconcelos.
A faixa-título, por exemplo, ganhou uma versão bem inusitada e diferenciada sobre o clássico voz e piano de Elton John – dialogando com outras músicas dos anos 70. “Essa é uma música que já foi muito regravada. Quis algo diferente. Ela foi a que mais demorou para ser arranjada porque passa por vários estilos musicais, como em uma colcha de retalhos”, explica Boaventura.
Como a turnê de “Your Song” deve ir para outros países (México e Portugal, certamente), o artista não pôde assumir um projeto de musical. Ele deve voltar aos palcos em 2017. “É algo que merece dedicação. Normalmente, uma peça tem de seis a oito sessões por semana”.