Espetáculo apresenta drama dos escultores Auguste Rodin e Camille Claudel

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
18/07/2014 às 08:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:25
 (Alexandre Catan)

(Alexandre Catan)

Poucas histórias de amor envolvendo artistas grandiosos são tão conhecidas como a dos escultores Auguste Rodin (1840–1917) e Camille Claudel (1864–1943). Se de um lado o que moveu o escultor foi sua devoção à própria arte; do outro esteve Camille, que sucumbiu à loucura após ser desprezada pelo amante e viver anos a fio na miséria.   Circulando pelo Brasil desde junho de 2012, chega neste final de semana a Belo Horizonte, o espetáculo “Camille e Rodin”, uma narrativa comovente que expõe o drama do casal que compartilhou paixões pela arte até o ápice da solidão, loucura e morte.     Despedida   No palco, os atores Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore interpretam o casal – a direção é de Elias Andreato. Em BH, “Camille e Rodin” prepara para despedir-se dos palcos. Daqui, o espetáculo segue para Brasília onde encerra as apresentações, sem expectativa de seguir estrada.   Após ficar em cartaz por 11 meses no Museu de Arte de São Paulo (MASP), a atriz que interpreta Camille não esconde a satisfação do sucesso de público e crítica.   “Foi uma batalha manter o espetáculo. O que nos motivava era o estímulo e a aceitação do público. Comemoramos, porque é sabido que os maiores sucessos de bilheteria geralmente são espetáculos de comédia. Este, no entanto, partilha de um viés completamente oposto. Contamos a história de uma tragédia entre indivíduos que viveram à sombra ora do egoísmo, ora de uma paixão arrebatadora”, comenta Melissa.   “Essas figuras icônicas, de amor e loucura, atraem a empatia do público, porque, afinal, são histórias que continuam acontecendo”, diz Leopoldo Pacheco que, em agosto, começa a gravar a nova novela das sete da Rede Globo, “Alto Astral”, e no próximo ano leva para o teatro “Depois do Ensaio”, uma adaptação do filme de 1984, de Ingmar Bergman (1918–2007).   “É cansativo e a vida social acaba ficando em segundo plano: moro em São Paulo, trabalho no Rio, mas preciso do teatro para dar ares novos para minha vida”.   Em tempo: Camille foi convidada por Rodin para trabalhar com ele em 1885. Ela era a única mulher no time de escultores contratados para auxiliá-lo a esculpir uma de suas obras mais monumentais: “Os Burgueses de Calais”. Era Camille a incumbida de esculpir pés e, principalmente, mãos. O envolvimento dos dois nascera daí.     “Camille e Rodin”  Neste sábado (19), às 21h; domingo (20), às 20h. No Teatro Bradesco (r. da Bahia, 2244, Lourdes). Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

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