“Est” é resultado de uma bela conexão musical entre Scandurra e Silvia Tape

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
23/01/2016 às 08:33.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:08
 (Juliana R/divulgação)

(Juliana R/divulgação)

Impossível não perceber o quanto Edgard Scandurra é inquieto. Além do trabalho solo e do Ira!, o artista está sempre envolvido em vários projetos, seja como guitarrista (ele acompanhou por muito tempo Karina Buhr) ou como parte de uma banda (projeto Pequeno Cidadão).

A nova empreitada do artista é o álbum “Est” (Selo 180), feito em parceria com a cantora Silvia Tape. O trabalho traz dez faixas feitas pelos dois, ora em parceria, ora sozinhos.

Eles se conheceram em 2011, quando Silvia foi se apresentar no bistrô do músico, em São Paulo. Na época, ele pretendia gravar um disco com várias cantoras convidadas. Mas mudou de ideia quando conheceu o timbre diferente da cantora, que já atuou como baixista e guitarrista de bandas de rock e lançou disco solo produzido por Pipo Pegoraro.

“Scandurra me convidou para compor uma música com ele, me mandando a melodia de uma guitarra gravada. Acho que a ideia inicial era que essa música também fizesse parte desse disco de parcerias, mas não foi assim que aconteceu”, conta Silvia. “Percebemos uma conexão muito legal”.

“Fiz uma série de músicas sem letras, umas 15 músicas, e aos poucos fui mostrando para a Silvia que logo de cara parecia estar conectada com o espírito dessas canções, pondo letra e voz em quase todas elas”, conta Scandurra, que também ficou empolgado quando a parceira passou a lhe enviar músicas.

O guitarrista diz ainda que aprendeu a ser menos cerebral neste trabalho, se permitindo ser levado ainda mais pela intuição. “Dar poesia às minhas notas musicais, e vice-versa, não é fácil, mas nós conseguimos e eu acho esse um de meus melhores trabalho por causa dessa conexão”, pontua.

Orgânico
Silvia explica que o álbum acabou ficando com uma linguagem orgânica e contemplativa. “A maioria dos esboços gravados já tinha por si só um clima, pois foram feitos fora da cidade, então vinham com um som mais orgânico, com ruídos de fundo, árvores, vento, água... Isso ajudou a criar essa atmosfera que quisemos levar para o estúdio, na gravação do nosso disco”.

Feliz
Para Scandurra, esse é um tipo de projeto que está afinado com seus desejos artísticos. “Eu adoro fazer música e fico muito feliz quando o trabalho de alguém me cativa a ponto de eu colaborar com ele. Independente do estilo, alguma coisa eles têm em comum, não são 100% comerciais ou pop. Quando eles chegam nesse ponto eu percebo que é hora de dizer adeus”.

O show de lançamento aconteceu no fim de semana, em São Paulo. Ainda não há uma agenda de viagens para outras cidades.

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