Estreia nesta quinta-feira o filme “Cidades de Papel”, inspirado no universo de John Green

Hoje em Dia
09/07/2015 às 06:42.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:49
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

O longa “Cidades de Papel”, de Jake Schreier, estreia oficialmente nesta quinta-feira (9) em todo o país, mas a página oficial do filme no Facebook já angariou mais de um milhão de curtidas. Claro, ainda não é possível compará-lo ao fenômeno “A Culpa é das Estrelas” – também inspirado na obra de John Green –, que atraiu aproximadamente 13 milhões de likes na mesma rede e foi o mais visto no Brasil em 2014. Mas é certo que a nova trama vai arrastar multidões às salas de exibição.

A estudante Milena Medeiros Tinoco, 18 anos, é uma das que elogiam Green. “Acho que ele usa um vocabulário um pouco mais complicado, e isso chamou a minha atenção. Sobre ‘Cidades’, ainda não vi nada ainda, mas, como o pessoal tem falado bastante bem, estou com muita expectativa”, diz.

Alessandra Bruzzi, 20 anos, não agradou tanto assim da primeira obra de Green adaptada ao écran, mas está empolgada para ver o filme que estreia nesta quinta. “’A Culpa é das Estrelas’ é muito adolescente, mas ‘Cidades de Papel’ parece ser bem diferente. O trailer dá uma sensação de suspense, parece mais interessante”.

Público adulto

Apesar de ambas as tramas tratarem de romances adolescentes, elas encantam a outras faixas etárias. “Me surpreendi com ‘A Culpa é das Estrelas’, por ter um final bem diferente do esperado e por ter uma história bonita. Por isso, acredito que ‘Cidades de Papel’ tem tudo para me surpreender também”, diz Flávia Gomes de Carvalho, 34.


EM CENA - Margo (Cara Delevingne) e Quentin (Nat Wolff)
 

Margo, uma ‘Ferris Bueller’ menos glamourizada

Por Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia

Imagine Ferris Bueller – “herói” vivido por Matthew Broderick no clássico “Curtindo a Vida Adoidado” (1986) – entediado, ao lado da vizinha e colega de escola com quem mal tem contato. Pois bem, “Cidades de Papel” traz um “Bueller feminino”, Margo. A partir da perspectiva de um vizinho nerd, que acalenta um amor platônico, o filme caminha rumo a uma desglamurização desse novo “Bueller”.

Margo não falta só a um dia de aula, mas a vários. E os colegas criam as mais fantásticas histórias para as andanças da garota, como em “Curtindo a Vida”. Mostrar outra faceta desse “ídolo” colegial é um dos méritos da adaptação de Scott Neustadter e Michael H. Weber, a mesma dupla de “A Culpa É das Estrelas”.

Numa bela noite, Margo pede a Quentin para auxiliá-la em algumas missões de vingança, como a do namorado que pulou a cerca. E ele faz coisas que, ao lado de sua turma de CDFs, jamais teria coragem. A garota, porém, some no dia seguinte e Quentin acredita que recebeu uma mensagem cifrada, de que precisa descobrir o paradeiro dela.

Dois momentos

São duas partes distintas. A primeira, típica dos filmes dos que sofrem bullying na escola, acompanha Quentin, agora cheio de autoestima após a parceria com Margo. Mas o diretor Jake Schreier trabalha de forma preguiçosa esse olhar em torno do QI aproveitado para desvendar o sumiço da garota.

O momento seguinte é mais auspicioso: os rapazes caem na estrada em busca de uma “cidade de papel”, denominação dos cartógrafos a locais inventados nos mapas, com o objetivo de facilitar a identificação de cópias.

A mensagem é mais óbvia que a de “A Culpa É das Estrelas”. Aliás, em comum com o filme anterior há a narração em off que abre e encerra o longa e o final realista, em que não há o esperado desfecho – só a compreensão sobre o que realmente importa. O resultado desse mix é algo morno. E remete ao Quentin do início da fita, pelo medo de se arriscar e provar novas emoções. Em suma, poderia ser mais divertido. Ou mais indie.

Confira trailer do filme:

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