Festival Verbo Gentileza será realizado na praça Floriano Peixoto (Giovanny Sá/Divulgação)
Agosto já foi chamado de mês do mau agouro e do “cachorro louco”. Para a cultura mineira, agosto de 2022 passa a ter outro sentido, trazendo boas notícias para o setor, com vários eventos realizados em espaços públicos de Belo Horizonte, estimulados por uma decisão da Prefeitura da capital.
Neste final de semana, o Parque Municipal volta a receber atrações culturais com a realização do Festival Novos Encontros, que contará com Martinho da Vila, Djonga e Palavra Cantada. No Museu Histórico Abílio Barreto, será a vez do show “Para Ouvir o Samba”, na manhã de domingo.
Nos dias 19, 20 e 21, o Festival Verbo Gentileza irá ocupar a Praça Floriano Peixoto, no Santa Efigênia. Outra praça, a Marília de Dirceu, no Lourdes, receberá neste sábado uma programação variada com gastronomia, música e exposição. O nome do projeto não poderia ser mais direto: “Cultura na Praça”.
Essa abertura – algo impensável anos atrás, devido à burocracia – já tem a assinatura de Eliane Parreiras, que deixou a presidência da Fundação Clóvis Salgado para assumir a Secretaria Municipal de Cultura, no início de julho. Uma ação que ela compartilha com o prefeito Fuad Norman.
“Ele colocou a cultura como um dos pontos estratégicos do processo de retomada econômica e de reocupação dos espaços, enxergando aí a possibilidade do encontro e a oferta de serviços e de produtos que são puxados por essa programação”, registra Eliane ao Hoje em Dia.
Ela conta que houve uma demanda da prefeitura, dirigida a todas as secretarias, para se criar um ambiente de fomento e valorização da atividade cultural, a partir de um movimento chamado “BH Mais Feliz”. Desde então foram intensificadas as articulações com a produção independente de BH.
“É um movimento mesmo que a cidade está vivendo, com a classe artística animada e oferecendo uma agenda muito sólida e pulsante. Hoje há uma transversalidade real dos espaços, com os equipamentos culturais deixando de ter uma função única e abrindo-se para todas as linguagens artísticas”, afirma.
Segundo ela, será cada vez mais comum ver um museu como o Abílio Barreto recebendo shows, lançamento de livros e apresentações de audiovisual. “Todos eles estão recebendo essa diretriz, tanto para uma programação própria quanto em parceria, sempre buscando e prospectando essas ações”.
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