
Além de camisas em homenagem a Milton Nascimento, muitos fãs que compareceram ao último show do cantor estavam com adesivos em homenagem ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com bonés do Movimento Sem Terra (MST).
Para Ana Flavia de Melo, professora de Mateus Leme, na Grande BH, usar o boné do MST é uma forma de passar uma mensagem contra a fone, um problema que atualmente atigne 33 milhões de brasileiros.
"Eu e minha esposa temos uma horta orgânica em casa e acredito que a agricultura familiar, proposta pelo MST, é uma das melhores formas de acabar com isso", explicou.
Quem também fez questão de se manifestar foi Gislene Marques, professora de Historia e estudante de teatro em BH. Fã de Bituca desde a infância, ela afirmou que Milton e Lula "representam o amor".
"A volta do Lula à presidência representa a libertação do pensamento fascista. Espero que as fake news acabem e tenhamos mais qualidade de vida, igualdade, saude e acesso à educacao", disse.
Para ela, "é muito lindo, na historia do Brasil, um operário chegar ao poder".
"Celebrar isso no show de um homem negro, em um pais tão racista, é ainda mais significativo. O Lula no poder tambem traz uma cultura mais vibrante e forte. Converso com gente de diversos segmentos culturais e estão todos muito animados com as perspectivas", afirmou Gislene Marques.
Ainda no tema racial, o antropólogo Marcelo Vilarino chegou ao MIneirão vestindo uma camisa em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco, assassinada por motivos politicos em março de 2018.
"Ela é um símbolo contra o racismo e da luta contra o legado deixado pela escravidão. Temos uma sociedade com estruturas que nos dividem pela cor, e Marielle é um símbolo importante contra isso", disse o antropólogo.
Apoiador do presidente eleito Lula, Marcelo disse ser fundamental o uso dos espaços culturais para manifestação política.
"Vimos a extrema direita crescer não só no Brasil, mas em vários lugares do mundo nos últimos anos", apontou.
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