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Geração mais nova do Clube da Esquina, Cláudio Venturini e Telo Borges fazem show nesta sexta

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 17/02/2021 às 08:00.Atualizado em 05/12/2021 às 04:11.

Em agosto de 2019, quando subiu ao palco do Palácio das Artes com o 14 Bis, grupo em que é um dos fundadores, a dupla Sá & Guarabyra e o irmão e cantor Flávio Venturini, reunidos para o show “Encontro Marcado”, o guitarrista Cláudio Venturini saiu com calo na mão.

“Vendemos 700 CDs na ocasião. E autografei todos! Sempre gostamos de receber as pessoas no camarim, para tirarem fotos e nos abraçarem. Mas hoje, se fizermos isso, elas vão direto para o hospital”, diverte-se Venturini, ao falar dos efeitos da pandemia no setor cultural.

Com o 14 Bis, ele não se apresenta para o público há exatamente um ano – a última vez foi em 15 de fevereiro de 2020, no Rio de Janeiro, com o show que reuniu Marcus Viana e Beto Guedes. “Em 40 anos de carreira, é a primeira vez que ficamos um ano inteiro longe do palco”, lamenta.

Apresentação acontecerá na sexta, às 20h, do auditório da Rede Mater Dei de Saúde, com transmissão pelo canal do YouTube da Recitais Allegro Vivace

Ao lado do amigo de longa data Telo Borges, com quem integra a segunda geração do movimento mineiro Clube da Esquina, ele irá matar um pouco dessa saudade na sexta-feira, no auditório da Rede Mater Dei de Saúde, dentro do projeto “Allegro Vivace”, dedicado à música erudita.

Para ganhar um caráter mais sofisticado, Borges deixará o teclado para assumir o piano e Venturini ficará com o violão. O integrante do 14 Bis diz que a troca de instrumentos muda a tonalidade das músicas, mas que não se trata de algo tão diferente do que os ouvidos já estavam acostumados.

“Normalmente, o nascedouro de uma música acontece no piano e no violão. Depois é que fazemos um arranjo diferente para teclado e guitarra. Este show não deixa de ser uma forma de voltar às raízes de alguns clássicos”, observa Venturini.

Não faltarão composições que se tornaram antológicas por meio do Clube da Esquina, como “O Trem Azul”, “Para Lennon e McCartney”, “Quem Sabe Isso quer Dizer Amor” e “Vento de Maio”, além de alguns sucessos do 14 Bis, peças instrumentais e outras autorais da dupla.

Venturini ressalta que transformar o jeitão pop das canções do 14 Bis numa pegada mais erudita não exigirá tanto esforço, já que a banda lançou, no ano passado, um álbum totalmente acústico. O resultado também deverá sair no formato DVD em breve.

 Venturini tem composto muito, além de participar de gravações em estúdio de outros artistas. Segundo ele, o material de inéditas já transborda uma gaveta. “O bom é, com o tempo, depurá-las. Gostávamos de testar as músicas durante os shows, para sentir como soam”.

O guitarrista acredita que o retorno aos shows acontecerá em novembro, mas ainda não sabe como será este “novo normal”. Ele ressalta que as apresentações do 14 Bis sempre reuniram muitos espectadores, chegando a quase 20 mil quando realizadas em praças públicas no interior.

“A cidade inteira ia ao nosso show. Melhor aglomeração, impossível. Não sabemos como as pessoas irão reagir agora, mesmo após a vacinação. Não vejo a hora de voltar a conversar com os fãs. Isso faz bem ao artista. Cada um vem com uma história. Quantas pessoas se casaram ao som de ‘Todo Azul do Mar’, não é verdade?”, destaca.

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