Heróis da guitarra ‘brasuca’ narram trajetórias em livro

Elemara Duarte - Hoje em Dia
06/12/2014 às 10:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:17
 (Divulgação)

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...E tem vários mineiros neste bolo. São músicos que vêm de norte a sul do Brasil. De Toninho Horta, passando por Andreas Kisser, Pepeu Gomes e chegando a Chimbinha. Sem preconceito rítmico, quem manda bem e criou carreira sólida na guitarra está no livro “Heróis da Guitarra Brasileira” (176 págs., Editora Irmãos Vitale, R$ 45), a ser lançado hoje, em BH.
O livro pode ser o primeiro a vasculhar a música brasileira para encontrar seus mais importantes guitarristas. Os autores, os jornalistas Leandro Souto Maior e Ricardo Schott, conseguiram entrevistas com 80 destes músicos.
“Tive a ideia de fazer o livro com este título em um show de retorno da banda mineira ‘O Terço’, no ano passado, no Rio. Vi o Sérgio Hinds (guitarrista do grupo) tocando. Tinha uma luz especial. Ele inspiradíssimo. Pensei: ‘Preciso fazer um livro sobre os guitar heroes brasileiros”, lembra Leandro, que também é guitarrista, sobre a “iluminação” que recebeu para o livro.
Não menos importantes, outros cem artistas ainda serão incluídos no endereço heroisdaguitarrabrasileira.com.br, criado pela dupla. O site vai tratar sobre o mesmo assunto. “Começamos no papel e continuamos na internet”, justifica Leandro Souto Maior. Não é uma biografia de cada músico. São relatos de como estes guitarristas se apaixonaram pelo instrumento.
O “doce vampiro da ovelha negra”, o multi-instrumentista e compositor Roberto de Carvalho, lembra que começou na música aos 5 anos. “Minha mãe era pianista e eu ficava observando”. Mais tarde, fez piano clássico e, antes da guitarra, tocou violão.
“E junto com ele o desespero para amplificar o som”, lembra no livro. Carvalho celebrizou-se com seu som junto de nomes como Ney Matogrosso, Jorge Mautner e mais intensamente ao lado da sua “digníssima” Rita Lee, com quem vive desde 1976. Do casamento, o filho Beto Lee, também guitarrista, está no livro.
Já o belo-horizontino Toninho Horta, neto, filho e irmão de músicos, também diz que não teve como escapar da influência sonora. “A gente nasceu com toda aquela coisa de música, de ouvir minha mãe tocar bandolim. Dizem que ela tocava até nas costas”, brinca o guitarrista.

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