Jair Naves explora sonoridade no segundo trabalho "Trovões a Me Atingir"

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
09/02/2015 às 08:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:57
 (Divulgação)

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Em 2012, quando colocou no mercado o primeiro álbum em carreira solo, Jair Naves recebeu críticas acaloradas de toda a imprensa especializada. Mas uma coisa o incomodou: todos lhe classificavam como denso ao se referir ao disco “E Você se Sente numa Cela Escura, Planejando a sua Fuga, Cavando o Chão com as Próprias Unhas”. Fator que foi fundamental para desenvolver o segundo trabalho, “Trovões a Me Atingir”, que acaba de ser disponibilizado gratuitamente.

“O álbum havia tido uma repercussão muito boa, mas me incomodei ao ser relacionado sempre a uma densidade, a uma coisa sombria. Me impus uma espécie de desafio de tentar abordar os mesmos sentimentos e angústias sob uma perspectiva diferente”, afirma o músico brasiliense radicado em São Paulo. “Mas acredito que seja tão espontâneo quanto o anterior”.

O fato de o músico ter colocado para si esse desafio não quer dizer que ele “pegou leve” no segundo disco. Viabilizado por meio de um financiamento coletivo (crowdfunding), “Trovões a Me Atingir” mantém a pegada desconcertante, instigante e pessoal de Naves, mas de uma forma menos crua.

A grande diferença é que a paixão passa a ser o principal foco das letras. Não somente aquela paixão sobre o sexo oposto, mas todas as outras que envolvem a vida. “Houve um amadurecimento, tive novas vivências e influências”.

“Trovões a Me Atingir” mantém a linguagem pós-punk de Jair, mas de forma não tão crua quanto em “E Você se Sente...”. A banda ficou maior, e as composições, mais elaboradas. Todos os integrantes – Renato Ribeiro no violão e guitarra, Felipe Faraco no teclado e sintetizador, Rafael Findans no baixo e Thiago Babalu na bateria – contribuíram nas construções das faixas.

“Eles colocaram muito das próprias personalidades nesse álbum”, explica Jair Naves, que dessa vez também contou com participações nas vozes – Beto Mejia (Móveis Coloniais de Acaju), Bárbara Eugenia e Camila Zamith, vocalista do quinteto brasiliense Sexy Fi.

“Como há muitas vozes femininas no álbum, estou pensando em convidar a Camila para tocar comigo em vários shows”, adianta.

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